O Assassinato de Jasse James pelo covarde Robert Ford

Pode ser dito que “O Assassinato de Jesse James...” está mais para um drama que conta a história de um dos maiores fora-da-lei da América do que um filme de Faroeste propriamente dito. No entanto, melhor é julga-lo como um Wester metódico e pragmático, repleto de lirismo e uma forte carga subjetiva. O ritmo é lento, e os 160 minutos do filme duelam com a contemplação das longas e belas tomadas, aliadas a fotografia primorosa de Roger Deakins responsável pela fotografia de filmes como; Onde os Fracos Não Têm Vez, A Vila, Matadores de Velhinha, Uma Mente Brilhante, Kundun, Fargo e Um Sonho de Liberdade.
Contudo, essa é a proposta do diretor Andrew Dominik, a lenta transformação dos personagens e o embate entre seus conflitos internos que vão cada vez mais(num ritmo lento) tomando uma característica explícita. Nesse sentido, olhando por essa vertente, o longa ganha força e o seu propósito fica mais claro. A riqueza do projeto alcança o ápice no suspense contido ou melhor incontido na tensão de cada gesto, de cada expressão dos personagens de Jesse James(Brad Pitt) e Robert Ford(Cassey Affleck ).
Outro ponto forte do filme está na atuação da dupla Pitt e Cassey. Brad Pitt faz transparecer o cansaço pelo qual Jesse vai sendo tomado, um misto de total desilusão com o desejo de vingança contra aqueles que o perseguem para ficar com a recompensa prometida a quem o capturar. Se o conflito de Jesse é de fora para dentro, Robert Ford está tomado por sentimentos que farão o caminho contrário, num martírio que eclodirá de dentro para fora. Robert era um profundo admirador de Jesse James, conhecedor de todas as suas histórias e façanhas, ao se juntar no bando de seu ídolo, Ford será tomado por um misto de ambição e pavor, pois tem a sensação de que Jesse prevê a traição e a forma covarde como será assassinado.
A história de “O Assassinato...” é justamente essa que o longo título se refere, mostra o antes e depois do assassinato de um fora-da-lei tido como herói. Enfatizando não tiros e frenéticas cavalgadas pela planície, mas sim, o clima tenso e a guerra psicológica entre os personagens.

Ygor Moretti

Ficha Técnica
Título Original: The Assassination of Jesse James for the Coward Robert Ford
Tempo de Duração: 160 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Direção: Andrew Dominik
Roteiro: Andrew Dominik, baseado em livro de Ron Hansen Fotografia: Roger Deakins
Elenco:
Brad Pitt (Jesse James)
Mary-Louise Parker (Zee James)
Brooklynn Proulx (Mary James)
Dustin Bollinger (Tim James)
Casey Affleck (Robert Ford)
Sam Rockwell (Charley Ford)
Jeremy Renner (Wood Hite)
Sam Shepard (Frank James)
Garret Dillahunt (Ed Miller)
Paul Schneider (Dick Liddil)
Alison Elliott (Martha Bolton)
Lauren Calvert (Ida)
Kailin See (Sarah Hite)
Tom Aldredge (Major George Hite)
Jesse Frechette (Albert Ford)
Pat Healy (Wilbur Ford)
Michael Parks (Henry Craig)
Ted Levine (Xerife Timberlake)
James Carville (Governador Crittenden)
Zooey Deschanel (Dorothy Evans)
Michael Copeman (Edward O'Kelly)
Laryssa Yanchak (Ella Mae Waterson)
Hugh Ross (Narrador - voz)




















Desbravadores

Chega às locadoras o filme “Desbravadores”, sem mesmo passar pelos cinemas e não causando grande alarde nas prateleiras, guardando porém uma boa surpresa a quem tiver a curiosidade de conferir a “fita”.
Pathifinder(O Guia) título original, conta a história do guerreiro “Fantasma” interpretado por Kalr Urban o Eomer da trilogia "Senhor dos Anéis", que quando criança foi deixado para trás em uma das investidas dos Vikings sobre a então desconhecida América.
Criado pelos índios, torna-se um guerreiro decidido a defender o povo indigena dos ataques atrozes de seus “compatriotas” os Vikings.
O longa é honesto diante daquilo que se propõe, com a pretensão de um filme de aventura, com cenas de ação muito bem elaboradas e certa violência que no entanto o contexto histórico justifica.
Outro ponto forte do filme é o figurino, a caracterização dos Vikings vestidos de armaduras colossais, aproximando estes de criaturas selvagens e demoníacas.
O roteiro é simples, a direção sem grandes contornos e por fim, uma boa surpresa capaz de proporcionar um entretenimento digno de uma tarde na poltrona.

Ygor Moretti

Ficha Técnica:


Título Original: Pathfinder
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial: http://www.desbravadoresfilme.com.br/
Direção: Marcus Nispel
Roteiro: Laeta Kalogridis, baseado em roteiro de Nils Gaup


Elenco:


Jay Tavare (Black Wing)
Nicole Muñoz (Irmã índia)
Michelle Thrush (Mãe índia)
Wayne Charles Baker (Pai índio)
Nathaniel Arcand (Wind in Tree)
Moon Bloodgood (StarFire)
Clancy Brown (Gunnar)
Jon Kralt (Tracker)
Kevin Loring (Jester)
Russell Means (Pathfinder)
Ralf Moeller (Ulfar)
Kalr Urban (Fantasma)
Hannah Jeffery (Criança índia)























Eu sou a Lenda
Em “Eu sou a Lenda”, Will Smith é um cientista vivendo em uma Nova York deserta, dizimada por um vírus mortal que não deixou sobreviventes. No entanto, Robert Neville(Will Smith) parece ter imunidade ao vírus e pretende encontrar a cura e devolver a cidade aos seus habitantes. Com essa missão sobrevive isolado a três anos, numa rotina surreal, caçando de dia e sendo caçado a noite por “pessoas” vítimas do vírus que se tornaram mutantes.
Nos moldes de “Eu Robô”(2004) estrelado também por Will, o filme mistura ficção científica, suspense e ação, Robert é um herói modesto e resignado que lhe vê imposta a missão de “salvar” a humanidade, tal ato permeia uma importância instintiva de sobrevivência, a glória num primeiro momento é deixada de lado. De modo geral “Eu sou a Lenda” trás um roteiro intrigante ainda que bem simplificado diante da grandeza do tema, repleto de suspense, ação e bons efeitos especiais.

Ygor Moretti

Ficha Técnica:
Título Original: I Am Legend
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Direção: Francis Lawrence Roteiro: Mark Protosevich e Akiva Goldsman, baseado em roteiro de John William Corrington e Joyce Hooper Corrington e em livro de Richard Matheson
Elenco:
Will Smith (Robert Neville)
Salli Richardson (Ginny)
Paradox Pollack (Alpha)
Charlie Tahan (Ethan)
Michael Ciesla (Refugiado)
Thomas J. Pilutik


Camiseta participando do concurso no CAMISETERIA
Ai está a camiseta e o detalhe da ilustração, esse trabalho veio de uma carta de baralho que eu fiz para o custom52, nesse projeto o São Jorge era o Valete de Espada, e como estampa de camiseta funcionou bastante também. O Carrossel não tem nenhuma mensagem implicita, subliminar ou coisa do gênero espero que gostem.
Quem quiser deixar seu voto esse é o link:
Ygor Moretti

No ar a 8º edição da revista eletrônica Malagueta

Com os cuidados de Renata Miloni a Revista Malagueta chega a sua oitava edição, como sempre sendo um vitrine de uma boa literatura existente na rede, mas que no entanto, depende de trabalhos como esse para se mostrar.


São contos, mini-contos, poesias, crônicas, artigos e resenhas que preenchem as "páginas" da revista, aliado a estrutura prática, bela e limpa do site, permanece sendo umas daquelas poucas ilhas com ótimos textos na net.


VISITE:


http://revistamalagueta.com/

Ygor Moretti




Trailer do Filme - Violência Gratuita do diretor Michael Haneke


Michael Haneke esta naquele seleto grupo de diretores realmente ousados e provocadores, "Violência Gratuita" é a refilmagem de um filme do próprio Haneke, originalmente feito em 1997.


Com um elenco de primeira Naomi Watts (“21 Gramas”) , Tim Roth (“Pulp Fiction”) e Michael Pitt (“Os Sonhadores”) em uma versão holliwoodiana de seu próprio trabalho a expectativa é que o diretor mantenha caracteristícas inovadoras de seu trabalho junto a temas e histórias inquietantes nesse "novo" longa.


ESTREÍA NOS EUA: 18 de Março de 2008


ESTRÉIA NO BRASIL: 28 de Março de 2008


Ygor Moretti


postagem relacionadas: http://moviemento.blogspot.com/2007/02/cache-de-michael-haneke-os-primeiros.html























Micro-Conto ou Anedota do diálogo no Cinema Nacional.

Sentia-se desconfortável com a presença da namorada do amigo. A atenção exagerada o deixava em dúvida sobre as reais intenções da moça. Mas faltava a coragem e a certeza para delatá-la ao camarada.
No dia em que a suspeita virou contra si não suportou a injustiça:
- Porra Miguel tu ta querendo me foder!???
- Tu num ta vendo que a Lurdinha tá te traindo?


A visita do poema

E como se eu já nem lembrasse de desafios brancos
de construções acinzentadas,
ia me assustando com as reminiscências do Vesúvio.
Junto de passos e barulhos de esqueletos sobre o telhado,
percebia uma sensação conjunta ao esquecimento, o espanto-surpresa.
Mesmo assim eu já nem lembrava mesmo de uma certa hora noturna e silenciosa, de atitudes e postura invencíveis a qualquer sono.
Voltava então a sofrer com a idéia ainda mais invencível e mortal.
Me tomava nos olhos aquele modo de estar sozinho e
todos os fingimentos necessários.
Instalava um primeiro contato com a folha,
movia substancias químicas e resquícios de supertição num primeiro rabisco.
Alguns círculos e semi-retas, letras maiúsculas estrategicamente montadas para iniciar futuras estrofes.
Mas numa curva que se dobra mais e não capota, os meus rabiscos tomavam uma importância demasiada, tinham jeitos de coisas propositais, mesmo não possuindo a inocências das coisas tortas por natureza.
Assim as horas passavam... e no suspense de eu decretar a qualquer momento um ponto Final, cada caractere, cada rabisco, cada tecla pressionada, ganhava novamente a importância absurda que cerca um ultimo suspiro.
Nessa meio benção, meio maldição, por noites voltava a este poema.
Mantinha uma desconfiança de não ter nada a dizer, e sofria com calafrios
de outras palavras que só aos poucos revelavam-se num poema todo metódico e homeopático.


Ygor Moretti



Fellini 8 1/2 -

Etapas da arte para camiseta concorrendo ao concurso do site www.jaehcamisetas.com . Para votar até dia 16/03/2008 visite a página http://www.jaehcamisetas.com/votacao.asp?codigo=1401 , é necessário fazer um cadastro antes de votar.

Falando sobre a arte... inicialmente tive a ideia de simular uma camiseta como as dos clubes de futebol com o número atrás, no caso o inusitado 8 1/2 nas costas acompanhado do nome do "jogador" Fellini, fazendo refência clara e direta ao filme. Depois por alguns plebemas de direitos autorais, fui tentando deixar a arte um pouco mais subjetiva, no entanto, mesmo para quem tem um conhecimento médio sobre cinema, penso que está tudo muito claro e obvio, o que no caso não chega a ser nenhum pouco ruim.

Ygor Moretti