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De tanto contar sua história, Roberto Carlos Ramos teve sua vida retratada na telona no filme O Contador de Histórias que estreia dia 7 de agosto.


A primeira a ouvi-lo foi a francesa Margherit Duvas, que o conheçou na Febem de Belo Horizonte, com 13 anos. A história que ela ouviu começava com um menino soltador de pipa, nascido numa favela da capital, caçula de 12 irmãos, que foi levado para a Febem aos 6 anos pela mãe, que acreditava estar dando uma vida melhor ao filho. Roberto acabou adotado pela francesa e foi morar na Europa onde completou seus estudos.


Formado, ele voltou ao Brasil e foi estagiar na mesma Febem. Reencontrou a mãe, ajudou os irmãos e começou a contar sua história em palestras pelo país, sempre com um sorriso no rosto.
Sua história, que já é quase um roteiro pronto para o cinema, ganha as telonas no dia 7 de agosto, no filme O Contador de Histórias do diretor Luiz Villaça.


Na obra, os personagens que interpretam Roberto aos 7, 13 e 18 anos são crianças e jovens da periferia de Belo Horizonte selecionadas especialmente para o filme. Marco Antônio Ribeiro dos Santos, Paulo Henrique Cândido Mendes e Cleiton dos Santos respectivamente. Os três dividiram o prêmio de melhor ator no primeiro festival em que o filme foi exibido, em Paulínia, no interior de São Paulo.


Hoje, com 43 anos, 13 filhos (adotados em idade tardia, quando ninguém mais se interessa, como faz questão de ressaltar), Roberto vive em Ibirité, é autor de livros infantis e continua a contar histórias em palestras pelo mundo, com o mesmo bom humor. “Estou contribuindo com o melhor que faço para ajudar a mudar a realidade a minha volta.”

Trailer:


Crônica


E de pensar que tantos outros erros mais castos e sérios não me causaram tantos transtornos, ou por sorte ou por mais tarde, num próximo passo poder contorná-los. É... erros mais sérios que na verdade não causaram transtorno algum.


Pois há o erro clássico que substitui o acerto, e há o erro fatídico que prevalece que se impõe sobre o acerto, o erro determinado que não dá a escolha do correto e ainda, o erro que nem se sabia erro.

Mas esse erro que aqui trato de documentar, não me deixou possibilidades de contornos nos próximos passos, mesmo por que foi um erro no passo que acabara de executar frente ao farol vermelho. Não, não foi uma falha no poder de distinção das cores, foi ao contrário, por eu entender e de certa forma ter “ouvido” do farol verde o chamado para o passo adiante, posto que tal chamado era para que os carros continuassem diretos e objetivos naquele rio de peixes mecânicos.

E então o pára-choque de encontro com minha perna direita, o joelho destroçado sendo pressionado e destroçando o outro joelho, uma pirueta vertiginosa no ar, 90º graus e o corpo como se tivesse deitado estendido no ar e já despencando contra o asfalto. Coisa bonita de se ver se houvesse a combinação, mas se a combinação e o treino existissem de fato, tal perfeição plástica ficaria ainda, ficaria sempre aquém dum esperado sempre a frente, sempre mais aguardado. Mas os tombos e acidentes são sempre quebras de barreiras, são desajustes a tudo o que se espera e para tudo que nos preparamos.

Quase que peço às autoridades do transito que façam os faróis ainda mais expressivos, tipo um luminoso com dizeres; “Hein você a pé no farol, atravesse”, ou “Opa! Espera ai malandro”, “Motoristas liguem seus motores”, até mesmo um estrangeirismo caberia aqui; “Go! Go! Go!”. Mas como disse quase que me atrevo a fazer tais solicitações, por que assumo o obséquio todo meu e descarto tais incentivos para que os motoristas tenham a então certeza de que participam mesmo de uma lunática corrida no trânsito.

Foi por que naquele dado momento alcançava um certo nível de concentração em meus problemas, na resolução desses, ou na resolução e na vontade de ter os problemas dos outros, que me distrai de todo o resto. Porque eu não me distraio da vida, me distraio das coisas, e das cores também, me permito dar uns passos, viver momentos letárgicos, ou melhor, viver “letargicamente” por momentos. É tudo o que a vida permite, ou melhor, não permite, pois por causa desse modo de vida, por uma fresta de letargia, a vida se foi, e ficou a impossibilidade de atravessar a rua.

Mas essa não é a Crônica de uma morte anunciada, e nem próxima, se quer acontecida, nem uma crônica da possibilidade rasteira do acidente fatal, e nem quer se propagar como o aviso de “Danger”, é a crônica que em verdade se desvincula do acontecimento, outrora, sua raiz e motivo. Uma crônica ligeira e inexata demais para que fosse um conto, e ainda impossível para um poema justamente por essa mesma ligeireza. Uma crônica sem saída, sem opção de ser outra coisa já que parte dum quase acontecimento que por ser quase, não cabe também numa anedota, e fica assim sendo uma crônica por excelência, da vida pulsante e fugaz de cada instante.

Ygor MF


Vergonha - de Ingmar Bergman

Lançado em DVD pela Versátil, o filme “Vergonha” retrata a visão do diretor sueco Ingmar Bergman sobre os horrores da guerra.

Profundo investigador das angustias humanas, Bergman conta a história de Eva (Liv Ullmann) e Jan (Max von Sydow), um casal de músicos que vivem em uma ilha afastado dos grandes centros, aguardando e torcendo para que com o fim da guerra possam retomar suas vidas. Porém, o longo braço da guerra acaba por alcançar o casal em sua ingênua e frágil tentativa de paraíso, é quando tudo começa a ruir, e verdades e sentimentos antes concretos e sacros dão lugar a incertezas e ao pavor.

Não se tem noticias do atual estágio da guerra, do outro lado da tela nós nem mesmo sabemos que guerra é essa, e os personagens tão pouco podem dizer de que lado estão. Toda essa imprecisão é, e faz com que o foco seja sempre no casal, ou seja, focando o ser humano em um contexto adverso e tenso, matéria prima principal com a qual o diretor disseca, explora e deixa explícito os anseios, as virtudes e as vergonhas dos homens.

Com atuações impecáveis de Max von Sydow e Liv Ullmann, o longa é mais um grande trabalho do trio, aja vista tantos outros filmes em que estiveram juntos e o resultado foi sempre único, de uma cumplicidade e um entrosamento que faz parecer fácil a tarefa de construir grandes filmes.

O DVD traz ainda extras com legendas em português, making of, entrevistas, biografia e outros diversos trailers que só fazem crescer ainda mais o interesse pela obra do diretor Ingmar Bergman.

Ygor MF

Título original: SKAMMEN
Direção: Ingmar Bergman
Mídia: DVD Região: 4
Ano de produção: 1968
País de Produção: Suecia
Duração: 104 minutos
Faixa Etária: 16 anos
Idioma Original: SUECO - DOLBY DIGITAL 2.0
Legenda: PORTUGUES



Não deixem de participar!!!

Acesse ao Canal do filme no You Tube e deixe seu comentário respondendo a pergunta:
O que você espera em tempos de paz?
http://www.youtube.com/temposdepaz


Feliz Natal

Feliz Natal, filme dirigido por Selton Mello conta a historio de Caio (Leonardo Medeiros) que durante as festas de Natal reaparece entre seus familiares após um longo tempo de distanciamento disposto a enfrentar seus mais fortes remorsos.

A presença de Caio, a ovelha negra da família faz com que todos fiquem perplexos ao defrontarem-se com uma figura que remete cada um a seus dramas passados e atuais.
É como se Caio trouxesse junto de sua imagem negativa a chance para que cada um observe os frangalhos em que a vida familiar se encontra.


Paulo Guarnieri é Theo, irmão de Caio, embora profissionalmente bem sucedido, vê o casamento partir de forma brusca para o fim, sendo que isso não lhe cause transtorno algum. Com a chegada de Caio, Theo precisará lidar com o despencar de conflitos e dramas estabelecidos e presos em sua casa. A mãe Mércia (Darlene Glória), vive a base de remédios e álcool, numa “realidade” difusa e distante. Miguel (Lúcio Mauro) seu pai, vive um inexato romance com uma mulher bem mais nova, enquanto as constantes trocas de farpa entre os dois ditam o ritmo e clima da noite de Natal.


Este é o clima do filme dirigido por Selton Mello que encontra no foco colado ao rosto, ou distante e desconexo a exata tensão de cada personagem, além disso, nada de maneirismos ou tentativas vanguardistas. A direção de Selton se valoriza junto à história pela sua crueza e simplicidade.

O diretor consegue atuações únicas de todo o elenco, ainda que formado por atores experientes e consagrados encontram no roteiro o espaço perfeito para desenvolver seus personagens, em uma conexão complexa mas muito bem definida de cada papel.

Ygor MF

Ficha Técnica:
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2008
Direção: Selton Mello
Roteiro: Selton Mello e Marcelo Vindicatto
Fotografia: Lula Carvalho
Edição: Selton Mello

Elenco:
Darlene Glória (Mércia)
Paulo Guarnieri (Theo)
Lúcio Mauro (Miguel)
Emiliano Queiroz
Fabrício Reis
Thelmo Fernandes
Nathalia Dill


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O que você espera em tempos de paz?





Depois dos sucessos de “Se eu fosse você 1” e ”Se eu fosse você 2”, Daniel Filho e Tony Ramos voltam a trabalhar juntos em um drama do pós segunda guerra mundial.

Tony Ramos é Segismundo, um interrogador da policia de imigração quem tem a missão de bloquear a entrada de nazistas no país. Dan Stulbach é o polonês Clausewistz, que confundido com um nazista terá de provar o contrário para conquistar o direto de iniciar uma nova vida, em um novo país.

Estréia dia 14 de Agosto




Ficha Técnica:

Direção: Daniel Filho
Roteiro: Bosco Brasil
Fotografia: Tuca Moraes

Elenco:

Tony Ramos (Segismundo)
Dan Stulbach (Clausewitz)
Daniel Filho (Dr. Penna)
Louise Cardoso (Clarissa)
Aílton Graça (Honório)
Anselmo Vasconcelos (João)
Ewa Maria Parszewska (Havah)
Pablo Sanábio (Oswaldo)
Alexandre Bordalo (Barbosa)
Nilvan Santos (Castilho)
Bernardo Jablonski (Prof. Mesquita)
Zezé D'Alice (Florinda)
Maria Maya (Enfermeira)
Leonardo Tierre (Capitão do navio)
Marcos Flaksman (Padrinho)
Felipe Martins (Ratinho)
Ricardo Marecos (Policial)
Breno de Filippo (Policial)
Carlos Henrique Case (Oficial)
Camila Lins (Zully)
Liliane Mija (Basha)
Átila Balazs Szemeredi (Avrom)
Ion Muresanu (Reb Heshele)

Amaro -

de Ygor Moretti

A noite era fresca, muito embora se alguém surgisse reclamando da noite “fria”, tal afirmação não poderia causar espanto algum. Assim, o clima de fora propiciava que lá dentro ar condicionado e labaredas das tochas de fogo, comidas e bebidas formulassem uma atmosfera quente, num ambiente escuro e silencioso onde ela ainda não ficara totalmente a vontade.


Aquele gole despreparado e inocente fora o encontro mais amargo que ela teve com o que antes sempre fora doce, de imediato sentiu a força da cachaça curtida no licor, depois veio o sabor do chocolate, por último a sensação de fogo na garganta, causando-lhe arrepio nos braços partindo velozmente até a espinha fazendo o corpo todo tremer. Ficou intrigada, partiu para um segundo gole, imaginava se algo que tinha comido antes não alterara o seu paladar, ou se toda aqueles antagônicas sensações em um só líquido não era na verdade fruto de um perceber equivocado. Dessa vez ficaria mais atenta para proteger e mesmo evitar a cara feia que sabia, feia mas inevitável. Tinha medo de comprimir por demais a testa, o canto dos olhos ou demonstrar por demais as gengivas.


Já esperando por cada etapa da bebida percorrendo sua boca, não se assustou com o gosto amargo, tentou saborear o escasso sabor que logo se dissipou dando lugar a quentura da garganta. No terceiro gole cada uma dessas sensações lhe surgiu mais fraca, ao passo que a essa altura já se sentira mais a vontade, percebia o sorriso mais largo e demorado, os braços produzindo movimentos mais extensos já envoltos sobre os ombros e pescoço dele.

Olhou ao redor e viu copos cheios e intactos nas outras mesas, quis ouvir o que as pessoas tanto conversavam. Com goles cada vez mais velozes e profundos o silêncio instaurado entre eles ia sendo combatido, por mais que tal silêncio não incomodasse nenhum nem outro, era por olhares esguios, sorrisos incontidos e melindrosos que eles estabeleciam alguma comunicação. Quando partilhavam o copo se tocavam através das mãos. Ele virou todo o líquido do copo na boca, manteve uma pequena pedra de gelo sobre a língua até desaparecer. Ela ficou olhando sem graça, não acreditando que ele fosse mesmo beber tudo, até que ele se aproximou e deu-lhe um beijo gelado dentro da boca, ela sentiu ainda um resto da bebida compartilhada, gelada e doce, sem mais amarguras...


Salvador

Salvador Puig Antich brilhantemente interpretado por Daniel Brühl, astro de filmes como “Adeus Lênin” e “Edukators”, foi um jovem idealista da classe média catalã que partiu da teoria para a prática na guerrilha contra o regime militar de Franco. Em tempos de forte repressão e medo, Salvador ousou viver cada instante, sem medo.

Baseado em fatos reais o filme “Salvador” dirigido por Manuel Huerga conta toda a trajetória de Puig, o diretor consegue aliar tanto uma homenagem às pessoas que lutaram contra o regime , como também um importante relato histórico daquele momento.

A reconstrução do contexto é bastante competente, no figurino, maquiagem e na trilha sonora pode-se acreditar de fato na história contada. As atuações também convincentes, e o roteiro por fim, bem construído flui com naturalidade.

Embora a ação não seja a premissa nem objetivo do filme, as cenas de batalha campal entre policiais e militantes, tiroteios e assaltos à banco, são fortes e plasticamente belas, possuem a adrenalina da ação e carregam uma mensagem, um espírito rebelde e heróico.

Salvador Puig Antich, foi acusado de ser o autor dos disparos que mataram um policial. Julgado no conselho de guerra e condenado a morte. Por toda a Europa são organizadas manifestações pedindo a comutação da pena capital, mas Franco se mantém firme e não concede o indulto.

Salva (como era chamado entre os íntimos) é executado no garrote vil pelo governo franquista em 02 de março de 1974 às 9 horas e 40 minutos. Salvador Puig Antich tornou-se mais do que um mártir, um símbolo de resistência e postura política que tomaria parte do país. Sua história comoveu toda uma nação, sendo o estopim para grandes manifestações, sua morte marcou os primeiros passos do que mais tarde seria a vitória definitiva contra o regime ditatorial de Franco.


Rosas vermelhas cobriram o chão de seu enterro, dezenas de missas por todo o pais. Até hoje, suas irmãs lutam para a revisão do seu processo.

Ygor MF

Ficha Técnica:
Título Original: Salvador
Tempo de Duração: 134 minutos
Ano de Lançamento (Inglaterra / Espanha): 2006
Site Oficial: www.salvadorfilm.com
Direção: Manuel Huerga
Roteiro: Lluís Arcarazo, baseado em livro de Francesc Escribano
Fotografia: David Omedes
Elenco:
Daniel Brühl (Salvador Puig Antich)
Tristán Ulloa (Oriol Arau)
Leonardo Sbaraglia (Jesús Irurre)
Leonor Watling (Montse Plaza)
Ingrid Rubio (Margalida)
Olalla Escribano (Imma Puig)
Carlota Olcina (Carme Puig)
Bea Segura (Montse Puig)
Andrea Ros (Merçona Puig)
Joel Joan (Oriol Solé)
Pau Derqui (Jordi Solé)
Oriol Vila (Ignasi Solé)
Jordi Garcia (Felip Solé)
Simon Bellouard (Jean-Marc Rouillan)
William Miller (Torres)
Marc Rodríguez (Xavier Garriga)
Aida Folch (Marian Mateos)
Antonio Dechent (Timoteo Fernández)
Carlos Fuentes (Francisco Anguas)
Joaquín Hinojosa (Tenente-coronel Álvarez)
Manuel Morón (Padre Manero)
Celso Bugallo (Pai de Salvador)
Mercedes Sampietro (Mãe de Salvador)
Mais lançamentos:

District 9

Com direção do sul africano Neil Blomkamp e produção de Peter Jakson, um projeto intrigante e audacioso.
No site oficial do filme a data de lançamento é de 14/08/2009, no Brasil a estréia esta prevista para 30/10/2009.

Veja mais informações no site:
http://www.d-9.com/




Besouro

Super produção nacional, mistura documentação histórica com ação de primeiro nível aos moldes de “Kill Bill” e “O Tigre e o Dragão”. Direção de João Daniel Tikhomiroff

Acompanhe mais notícias sobre o filme no site: http://www.besouroofilme.com.br