Sem pré-avisos ou mais delongas... este é o fim do Moviemento, talvez o fim de uma temporada ou não...

Foram 7 anos desde o primeiro post em junho de 2005 (Primeiro Post), a idéia do blog era ser um lugar pra exercitar a escrita e compartilhar algum conhecimento. Posso afirmar que ele cumpriu o que se propôs a fazer e sou muitíssimo grato a este "bloguinho" que me permitiu tantas experiências com o cinema e a literatura.

Isso é tudo pessoal!!!
Continuarei colaborando no Cenas de Cinema e no O Cinemista.
Grande abraço!!!
Ygor Moretti



Os Amantes Submarinos

Esta noite eu te encontro nas solidões de coral
Onde a força da vida nos trouxe pela mão.
No cume dos redondos lustres em concha
Uma dançarina se desfolha.
Os sonhos da tua infância
Desenrolam-se da boca das sereias.
A grande borboleta verde do fundo do mar
Que só nasce de mil em mil anos
Adeja em torno a ti para te servir,
Apresentando-te o espelho em que a água se mira,
E os finos peixes amarelos e azuis
Circulando nos teus cabelos
Trazem pronto o líquido para adormecer o escafandrista.
Mergulhamos sem pavor
Nestas fundas regiões onde dorme o veleiro,
À espera que o irreal não se levante em aurora
Sobre nossos corpos que retornam à água do paraíso.


Cavalos

Pela grande campina deserta passam os cavalos a galope.
Aonde vão eles?
Vão buscar a cabeça do delfim rolando na escadaria.
Os cavalos nervosos sacodem no ar longas crinas azuis.
Um segura nos dentes a branca atriz morta que retirou das águas,
Outros levam mensagens do vento aos exploradores desaparecidos,
Ou carregam trigo para as populações abandonadas pelos chefes.
Os finos cavalos azuis relincham para os aviões
E batem a terra dura com os cascos reluzentes.
São os restos de uma antiga raça companheira do homem
Que os vão substituir pelos cavalos mecânicos
E atirá-los ao abismo da história.
Os impacientes cavalos azuis fecham a curva do horizonte,
Despertando clarins na manhã.

Murilo Mendes
Clodomiro Tradição
Heiiiiiiiaaaaaa!!! Eis me aqui mas mal sabem vocês de onde venho ou melhor de onde escrevo este post. Não é um simples local, estado, bunker ou um aconchegante e moderno escritório. Essa minha pergunta vem com abrangências muito maiores que a sua vã curiosidade possa lhe incomodar.

Escrevo de um outro tempo enquanto me vejo escrevendo o primeiro post no Moviemento........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ Bom passei rapidamente no tempo presente (novembro de 2012) para verificar uns emails e sigo um pouco mais para o futuro dias depois da publicação dessa postagem e vejo que embora bombástica essas informações não mudaram nada a vida de ninguém...

E como faço isso? Vocês me perguntam (perguntam sim li alguma perguntas, twits e joinhas pelas redes sociais). Li alguns físicos por ai, não me recordo nomes e nem sei explicar as teorias que "imaginam" e mais recentemente descartam as viagens no tempo... Confesso que por acaso, por necessidades banalíssimas descobri então a brecha no túnel da vida.


Depois de sonecas e sustos ao acordar nos bancos duros dos transportes públicos de SP decidi descer e ir caminhando. Um caminhar despretensioso de quem nem mesmo quer chegar no trabalho no horário... Depois de centenas de metros, cansado entrei no primeiro ônibus... Era o "buso" das seis lá estavam pessoas do passado que saíram de suas casas muito antes que eu, mas eu viajante do tempo volto para visita-lás, levo noticias dum futuro presente que eu abandonei.

Neste fluxo do tempo volto a rua, volto quilômetros atrás e fazendo isso estou indo visitar pessoas do futuro que saíram de suas casas nove, dez da manhã... e eu vindo das oito horas os alcanço mas não trago boas recordações e nem eles me dão boas notícias, estamos presos no vácuo no elo perdido que é o viver em São Paulo...

Clodomiro Tradição