Em teoria literária, quando se fala em conto, uma das características do gênero é a habilidade de contar uma história quando na verdade ser quer contar outra. Em O Vencedor, o diretor David O. Russell demonstra grande habilidade em ir de um ponto de vista a outro, mantendo ainda a unidade de uma história repleta de camadas.

O história do filme, baseada em fatos reais, é a da vida dos irmãos Dicky (Christian Bale) e Micky Ward (Mark Wahlberg). Ambos tentam manter a união de sua complicada e desestruturada família, enquanto precisam encarar a difícil carreira na divisões menores do boxe.


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Linkagem Cultural:
Livro "O Bom de Briga" de Markus Zusak


Terceira parte da trilogia dos irmãos Wolf, "O Bom de Briga" é uma história em partes bem parecida com o filme "O Lutador", narra a história de Ruben e Cameron Wolf encarando o rústico mundo das lutas amadores de boxe para ajudar no sustento da família. O que mais chama atenção nessa dupla é a diferença do caráter de um e de outro irmão, igualmente acontece com Dicky e Micky Ward do longa metragem. 



O Texto de Zusak é rápido e bem escrito, um romance juvenil mas que não deve ser em nada menosprezado pelos leitores mais experientes. Os outros livros da trilogia são: "O Azarão" e "A Garota que eu Quero". Mark Zusak é autor do aclamado "A Menina que Roubava Livros" que por sua vez vai ir para as telonas.






A refilmagem de "A Morte do Demônio" se propõe a ser um dos filmes mais assustadores dos últimos tempos. Pretensões ou marketing a parte o longa dirigido pelo estreiante Fede Alvarez não cumpre com o que promete, ainda que tecnicamente impecável permanece num limbo não sendo nem um remake (já que corta característica bem específicas do original) e tão pouco alcança algo novo.

Salvo algumas adaptações de tempo e época, o roteiro é o mesmo estruturalmente falando. Cinco jovens vão para uma cabana isolada no meio de uma densa floresta, sem saber que um mal maior os aguarda por lá. Trata-se na verdade do Necromicon, o livro dos mortos que ao ser lido por um dos desavisados do grupo liberta uma entidade maligna que se apossa de cada um deles. A história se passa praticamente toda dentro ou aos arredores da cabana, porém, o ritmo frenético com que o longa é dirigido não deixa a tensão cair em nenhum momento. O elenco mesmo não tendo nenhum nome de destaque está ok, em nada afeta a produção, pelo contrário, em entrevista o diretor descreve o profissionalismo de alguns atores em cenas de segundos de duração mas que leram horas para serem filmadas.

Contudo, se o original "Uma Noite Alucinante - A Morte do Demômio" de 1981, devido a sua originalidade no uso de câmeras em movimento, maquiagem e efeitos exagerados de trash movies e um humor que beira o bizarro trouxe novas referências para o gênero. O mesmo não pode ser dito da do longa de Fede Alvarez, pois o que temos dessa vez é uma produção com cenas chocantes e muito bem feitas, vômitos, mutilações "voluntárias" ou não, e ótima maquiagem e efeitos especiais. Contudo, ainda fica a sensação de estar faltando algo. Não que o humor macabro do original seja imprescindível para dar qualidade ao longa, mas muito do que foi feito; violência, sangue, gosmas, gritos e sustos parecem descabido de propósito maior. Sobretudo, para um longa que se propôs a ser "o mais assustador" mas nos mostra apenas sequências que abusam da violência e do nojo, fatores que podem sim impressionar mas estão longe de serem assustadores ou interessantes, parecem apenas o exagero de quem não sabe muito bem o que está fazendo.

Guardadas as devidas proporções (repito: Guardadas as devidas proporções), Sam Raimi está para o gênero terror como Tarantino está para os filmes "B". Explicando; Os dois usam uma matéria prima rústica, simples e dessa constroem bons filmes, que até certo ponto podem ser referência para um dado momento do cinema, Fede não alcança status parecido. Exemplificando lembro o longa "Arraste-me Para o Inferno" de 2009, ali o diretor Sam Raimi não apenas repetiu sua própria formula como também a apurou tecnicamente, mas nem só de tecnologia vivem os grandes filmes ou trabalhos, como o perdão do trocadilho; num filme de demônios, almas e entidades, faltou espírito ou o frescor daquilo que mesmo sendo um remake se esperava algo novo.

Crºitica escrita por mim, originalmente publicado no O Cinemista


Capa criada para a Editora Simplíssimo, livro de Mary Baberti - Mary e Alice no Reino do Espiríto Santo - Uma releitura espiritualizada do livro Alice no País das Maravilhas.

Mais trabalhos e capas de livros em meu portfólio, conheçam também o projeto "Escritores de 5 Kategoria"





Em sequência da nova franquia do herói aracnídeo, Peter Paker enfrentará Electro, interpretado poe Jamie Fox. A estréia do longa está prevista para maio de 2014 tendo outros dois longas planejados para 2016 e 2018. 

O diretor Marc Webb de "O Espetacular Homem Aranha" 2012 e "500 dias com ela" 2009 conseguiu fazer uma versão do "Amigo da vizinhança" ou "Cabeça de Teia" (como preferirem) ainda mais jovem do que o vivido por Tobey Maguire na trilogia de Sam Raimi. No entanto, os questionamentos do herói continuam os mesmos: “Todo dia eu acordo sabendo que, quanto mais pessoas eu tento salvar, mais inimigos eu faço. E é só uma questão de tempo até que eu enfrente aqueles com mais poder do que eu posso superar.”