Uma mistura genuína muito bem feita de “500 Dias Com Ela”(2009), “Medianeras”(2011), com um leve toque de “Trainsporting”(1996)… É o que podemos perceber no ótimo Cashback do diretor Sean Ellis...

Veja o trailer do longa e a crítica completa no Cinemista nosso parceiro e onde tabém escrevo.

...Das referências de “500 Dias Com Ela” e “Medianeras”, ficamos com a empatia que personagem conquista, a narrativa e as impressões de Ben sobre as situações vividas que, por várias vezes, nos alcançam no intimo de um pensamento ou sentimento o qual também partilhamos. Já de “Trainsporting”(lembrando que cito por simples e despretensiosa referência), temos o humor inglês e os personagens esquisitos, de índole suspeita, além dos zooms da câmera, movimentos e perspectivas diferenciadas....



I.

Ar puro os alvéolos aplaudem. Mas a malha era fina. O frio
tomou para si a carne qual bandeira desfraldada sem dó
nem piedade. A chuva e o vento aderiram à contenda
dedilhando a lira torácica. Corremos da varanda para junto
da lareira. Você queria ver a neve e olhou pela janela. As
horas passavam de esqui. Quem mais corria na imagem
verde-musgo do espelho frio de Lake Tahoe?

Indicação de nosso consultor, poeta e apaixonado por poesia Israel Azevedo

Mais um texto publicado no parceiro O Cinemista, dessa vez o filme Coreano "A Visitante Francesa" na sessão Cinecult, vejam o trailer e o início do texto por aqui e a crítica completa no O Cinemista

Depois da fracassada tentativa de resolver um problema familiar através de uma discussão com sua tia, a jovem Wonju se refugia abatida em seu quarto. Diante do problema insolúvel tentará escrever o roteiro de uma história para tentar esquecer aquele momento amargo. O roteiro trata-se uma visitante francesa que chega a uma praia da Coreia do Sul para visitar um amigo, diretor de cinema, assim como ela...


Você provavelmente conhece alguém que gosta muito de escrever, tem um monte de anotações e geralmente comenta que está escrevendo um romance, uma nova obra, mas que até agora não conseguiu ser publicado. Ou, mais dramático ainda, você é essa pessoa. É esse escritor desvalorizado, esquecido…

Porém, a Editora Incomum tem um recado para você: acostume-se com o mundo dizendo que vai dar errado e que você não vai conseguir publicar sua obra. Acostume-se, mas não desista. Acredite no seu talento, na sua arte e siga em frente procurando desenvolver o seu dom diariamente, investindo em novas tecnologias, como Facebook e Twitter, para se promover e fazer novos contatos.

Pelo caminho, você vai precisar da contribuição dos familiares, de amigos e principalmente de parceiros que acreditam no seu trabalho e invistam em você. Nesse momento, pode contar a Editora Incomum, que tem a solução para publicar a sua obra, inclusive com valores simbólicos. Além de editar, revistar, diagramar, criar a capa e imprimir em pequenas quantidades, a Editora Incomum também oferece outros serviços para você apresentar o seu livro com estilo e qualidade. Podemos criar um trailer da sua obra, desenvolver um site para você apresentar e até comercializar o seu livro, uma camiseta, folder e muito mais. Tudo para você conquistar o seu espaço e viver do que realmente gosta e sabe saber.

Marcelo Andrade é jornalista na produtoramc e escreve sobre arte e cultura no portal artenomovimento.com.br e colabora com o Moviemento.

Seria errado dizer que o fato de um filme brasileiro ter muitos “atores” brasileiros o torna menor? Seria então também errado afirmar que uma qualidade desse mesmo filme é ele não parecer com os demais filmes nacionais?
Pois Mato Sem Cachorro do diretor Pedro Amorim mostra que tais afirmações “bestiais” podem sim ter certa razão. Leia a crítica completa no ótimo O Cinemista, site parceiro de cinema.


O fotógrafo canadense Todd Mclellan através do projeto e livro Things Come Apart fotografou objetos de nosso cotidiano de duas maneiras bem diferentes do usual. Nos dois casos peças como telefones, computadores e outros objetos domésticos são desmontados e fotografados. Noutro momento esses mesmo pedaços são clicados a partir da "explosão" desse mesmo objeto.

Bicicleta desmontada
e a mesma bike em "queda livre"

"Venho praticando a arte da desmontagem desde a infância. Quando era criança, ficava em meu quarto desmontando meus brinquedos com um martelo, na escola secundária, quase desmontei completamente meu carro (...). Se um objeto me interessa, logo ficará em pedaços", disse McLellan.
"A parte fascinante de desmontar um objeto, antes mesmo de fotografar, é a oportunidade de entender o desafio do fabricante. Consigo uma compreensão básica de como o objeto funciona e, também, um grande respeito por ele", afirma o fotógrafo.
planejamento da desmontagem 
 Veja mais obras do fotografo em seu site oficial Todd Mclellan e no vídeo abaixo com as incríveis imagens de um piano em "queda livre"



Nova editora nasce na região com novos conceitos e preços acessíveis

A Editora Incomum nasceu para reverter o cenário da literatura nacional, quase sempre dependente das grandes editoras, que além de selecionar os títulos e os autores, trabalham com grandes quantidades.
Com isso, muitos escritores talentosos perdem espaço e não conseguem publicar suas obras, principalmente pelo custo para publicação.

Dentro desse cenário, a Editora Incomum oferece a oportunidade para você realizar o seu sonho, publicando seu livro em pequenas quantidades. Além disso, cuidamos de tudo: editamos, revisamos, criamos a capa, fazemos a diagramação e a impressão de um exemplar para você ver e aprovar o serviço, que depois poderá ser impresso em pequenas quantidades.
Tudo isso é possível porque temos equipamentos sofisticados e trabalhamos quase que artesanalmente na produção dos livros, que são personalizados, preservando e valorizando a identidade do autor e da sua obra.
A Editora Incomum é formada por profissionais experientes, com formação em letras, comunicação social e web designer, além de parceiros e colaboradores.

editoraincomum@gmail.com




"Trapaça" (7 de fevereiro)
Grandes nomes da atualidade como Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Christian Bale, Amy Adams e Robert De Niro estão no elenco deste filme, que mostra o envolvimento de trapaceiros com o FBI e com a política dos Estados Unidos.


"Uma Aventura Lego" (7 de fevereiro)
A animação mostra Emmet, um trabalhador comum, sendo confundido com o salvador do mundo. Ele é ajudado por heróis como Megaestilo, Vitruvius, Batman e Super-Homem e terá que lutar contra o Presidente Negócios e o Guarda Mau/Guarda Bom.



"Ela" (14 de fevereiro)
Nessa comédia romântica, Joaquin Phoenix é um escritor solitário que se apaixona pela voz do novo sistema operacional do seu computador. Scarlett Johansson dá voz à Samantha, o aparato tecnológico do filme.


Outros Lançamentos:

"Caçadores de Obras-Primas" (14 de fevereiro)
Durante a Segunda Guerra, uma equipe de 13 especialistas tentam reencontrar obras de arte roubadas pelos nazistas. No elenco estão George Clooney (que também assina a direção), Matt Damon, Bill Murray e Cate Blanchett.

"Walt nos Bastidores de Mary Poppins" (14 de fevereiro)
No longa com Tom Hanks, Emma Thompson e Paul Giamatti, Walt Disney tenta convencer a escritora australiana P.L. Travers a ceder os direitos da história da babá Mary Poppins para que o estúdio gravasse.

"O Grande Herói" (14 de fevereiro)
O filme acompanha um grupo com quatro oficiais da marinha norte-americana que está buscando um homem de confiança de Osama Bin Laden. Eles ficam em dúvida sobre matar ou não uma criança e, quando decidem pela vida dela, cerca de 250 homens armados começam a caçá-los.

"RoboCop" (21 de fevereiro)
Na refilmagem do clássico da década de 1980, agora dirigida pelo brasileiro José Padilha, o policial Alex Murphy, ao sofrer um atentado e ter parte do corpo destruído, serve de cobaia para uma empresa bélica e ganha uma armadura negra.

"O Teorema Zero" (28 de fevereiro)
Christoph Waltz interpreta um hacker em crise existencial que pode resolver o enigma do "Teorema Zero", uma fórmula matemática que determinaria a razão da existência dos homens e se a vida possui algum sentido.
Primeiros metros de corrida túnel em direção a Av. Dr Arnaldo
Continuando o texto sobre a "saga" Minha Primeira São Silvestre (link do primeiro texto)... 

...Sigo em ritmo lento nos primeiros metros, em meio a multidão, a trilha sonora da largada, "Carruagens de Fogo", o narrador empolgado saudando corredores de todos os tipos e regiões do país. Gruas e câmeras de TV vão construindo toda a atmosfera e importância do evento, que é muito mais do que uma corrida de rua. Ao menos pra mim a sensação é de estar se juntando não somente aos 27 mil escritos dessa edição, mas a todos os milhares de corredores que participaram das 88 edições passadas. É sobre-tudo estar junto daqueles de antes apenas assistia pela televisão...

Após os primeiros metros avistando o túnel ao final da Av. Paulista, já me preparo para a sequência de descida que teremos, primeiramente indo a avenida Dr. Arnaldo e depois na descida que contorna o estádio do Pacaembu.  Antes de entrar no túnel somos saudados pelas dezenas de pessoas que nos assistem lá de cima.

Fico tenso enquanto vejo aquele rio de gente, alguns corredores param pra tirar foto inclusive, é impressionante mesmo, permaneço tenso enquanto vou ouvindo os avisos de corredores mais experientes:
- Olha o joeeeelho!!!
- Cuidado com o joelho...
A gigante descida que convida a soltar o corpo pode ser bem traiçoeira, pois o impacto é bem maior do que no plano ou mesmo nas subidas. Sem contar que qualquer esforço a mais nesse início de prova pode custar bem caro depois. Mas a imagem é mesmo linda, estar imerso num rio de gente correndo.

Contornando o estádio do Pacaembu quase não temos "plateia" nesse trecho, há uma "noiva" correndo atrás de seu homem, um garçom e uma turminha da terceira idade caracterizada como a "Turma do Chaves". E mais uma descida do alto do estádio já caindo na Av. Pacaembu. É preciso ter uma passada bem ajustada, firme e constante. De volta ao plano na Av. Pacaembu já ultrapassado os primeiro quilômetros, sigo me poupando bastante, as vezes penso que até demais! Nessa altura a multidão de corredores já está mais dispersa e esse trecho largo permite correr mais e melhor. Ultrapasso um incrível "Homem de Ferro" uma fantasia que parece ser feita de EVA, mas possuí todo um mecanismo e articulações de ferro ou alumínio.


Saindo da Av. Pacaembu vem mais subida e o primeiro posto de hidratação estamos próximo do 5º KM. Muito legal e prático o fato de darem água em garrafinhas plásticas, facilita o movimento e a ingestão do líquido. Porém nem tão legal assim a muvuca que se forma ao redor das barracas de água, e detalhe, água quente e já escassa. O chão completamente molhado e as tampinhas jogadas são um enorme convite para um belo escorregão e quem sabe alguma lesão mais grave. Falando em lesão, enquanto corro imaginando como será o comportamento do meu corpo e mente após o quilômetro 12 (que pra mim passa a ser ambiente desconhecido), vejo um homem de meia idade sendo socorrido na calçada, parecendo ter algum ataque epilético ou coisa do tipo. A minha mistura de disciplina e medo (admito), apenas aumenta, na verdade é o respeito que a prova merece, afinal não se corre 15 km do dia pra noite.

Passamos pelo Memorial da America Latina, Av. Marquês de São Vicente, tudo plano novamente, 7º KM... 8º KM e aí o bicho pega mesmo pela primeira vez. Afinal, estou indo para o 9º KM e sabendo que existem mais 6 quilômetros, inclusive a temida Brigadeiro, já se passaram 50 minutos de corrida e a subida do Viaduto Eng. Orlando Murgel, bastante íngreme, deixa as pernas pesadas, os passos leeeeentos e curtos e o controle da respiração se torna ainda mais difícil e necessário.

Ufa! Continuo tentando buscar o ar que não vem, encontrar a velocidade ideal entre o permanecer correndo e quem sabe por um descuido o esgotamento total. Passamos pela Av. Rio Branco; Av. Duque de Caxias, Av. São João, Largo do Arouche; Av. Vieira de Carvalho, Praça da Republica, Av. Ipiranga, Largo do Payssandu e Rua Conselheiro Crispiniano. A essa altura próximo do quilômetro 10, percebo por quantos lugares diferentes da cidade passamos, cartões postais e lugares totalmente esquecidos como na porta de um abrigo onde vários moradores de ruas, bêbados e drogados saúdam os corredores. E eu estou cansado... 

Nesse dia em especial o céu nublado foi de grande valia pois já passa das 10 horas da manha e o calor é intenso, mesmo sem o sol se mostrar por completo.  E eu estou bastante cansado, pensando que terei que caminhar por algum momento, quando de repente vem a surpresa: Num dos últimos posto de hidratação estão distribuindo bebida esportiva. A água e mesmo um gel que trazia no bolso do shorts não tinham feito nenhum milagre até ali. Confesso que ali foi o gás que necessitava, a ultima recarga das energias... O chão fica completamente grudento, é a única hora que caminho cerca de 100 metros enquanto bebo o isotônico. Percebo que até ali o MP3 estava desligado, e com novo animo e trilha sonora parto pra cima dos 5 KM finais...

Vem o Teatro Municipal, viaduto do Chá, a essa altura muitas pessoas aplaudindo, incentivando, esticando a mão para um comprimento. Vem o Largo São Francisco e depois já enxergo o começo da Av. Brigadeiro Luís Antonio... Vale lembrar que o trecho mais famoso e temido da corrida  inicia bem no 12º KM que me é temido, também por ser um limite do desconhecido, pois em minha preparação de semanas não tive tempo pra percorrer mais do que essa distância...

Um quarteirão antes da Brigadeiro decido ligar para a Kelli minha noiva que me aguarda na linha de chegada, coisas da modernidade de um corredor amador, já que carrego o celular para usar o aplicativo de corrida... Afinal de contas fazem já 1 hora e 20 minutos de espera, tantas e tantas pessoas já devem ter passado pela linha de chegada, imagino se não estão preocupados ou exausto de tanto esperar...
-Oi!!! Estou subindo a Brigadeiro vai se preparando ai!!
- Ainda? ouço do outro lado. - Pensei que estivesse já aqui perto.
- Mas estou. Quilômetro 12, até daqui a pouco! 
De certa forma esse é outro gás que recebo pra continuar, aquela voz tão intima do outro lado faz mesmo eu me lembrar que entre quase 30 mil pessoas eu sou e tenho lá em cima pessoas especiais que me esperam. Meu pai e minha noiva...

Aqui em baixo volta a ser EU X EU (e uns 3 km de subida no meio para apimentar essa disputa). Agora é na garra, a "técnica" que eu tinha foi para conseguir chegar bem até esse momento, daqui pra frente é raça. Os primeiros passos na Brigadeiro não assustam, é uma subida pouco íngreme, quase uma falsa reta, mas vai aos poucos aumentando... Tento focar o topo, a Av. Paulista, é quando percebo o tamanho do "bicho" que parece não ter fim. 

O incentivo das pessoas na calçada é ainda maior, todos sabem que é ali que a coisa pega, muitas pessoas andando a essa altura da prova, acerto o passo, baixo a cabeça e de metro em metro sigo firme rumo a linha de chegada. Vem o meio da Brigadeiro, avisto um ultimo posto de água, mas está totalmente vazio, é quando sinto que o estômago começa a doer, vazio, com se o corpo não tivesse mais de onde buscar "combustível". - Ah não! Será? Penso desconfiado, enquanto já consigo visualizar a Av. Paulista. 

Últimos quilômetros da Av. Brigadeiro Luís Antônio
Parece até roteiro cinematográfico, mas o suspense termina por aqui, a rua vai se tornando mais plana, cada vez mais pessoas nas calçadas, e todo aquele frenesi da largada, quase duas horas depois e o clima festivo ainda é o mesmo, se não maior. Porque estamos cada um ali concluindo o seu objetivo. 
- Graças a Deus! - Obrigado Senhor! Digo em oração.
Então o sorriso já escapa no rosto e a face cansada se transforma em pura satisfação... Sou um São Silvestrino, penso. Me despeso assim de 2013 com mais uma conquista. Um ano maravilhoso, grandiosamente abençoado! Obrigado!

À Kelli Matos e José Luis Fiorante