Com o fone de ouvido insiro trilha sonora no meu dia.
Os pensamentos são flasbacks e o olhar (qualquer olhar)
é corte de video-clipe.
A música que vem do fone dá aos passos ritmo, 
acerta o caminhar desengonçado 
dá velocidade aos pés em ritmo punk-rock.
O beijo do casal acontece em câmera lenta, qualquer gesto mais longo, acenos e abraços possuem agora, DRAMA.
No entanto, o fone de ouvido insere o vácuo em minha mente, ficam suspensos pensamentos, intactos, guardados, esperando que os apanhe novamente.
Com fone de ouvido permaneço introspectivo por horas, dias, meses... 
Com fone de ouvido sou Fred Aistaire, Gene Kelly.
Desvio de poças e buracos como o improviso de Miles ou Parker. Os pés deslizam no chão, esteiras, trilhos, rolimãs ao invés de pés enquanto ouço Daft Punk, Clash ou Cure porque não? 
Pois no meu fone de ouvido cada som obedece ao meu entendimento, ganha o contexto e a lembrança da primeira vez que escutei cada um daqueles sons... Reverbera diferente por aqui... 
A chuva incomoda menos. Diante dos faróis ou transito de gente... 
Tudo se movimenta.
Nem mais o ruído da cidade ou a lamentação das pessoas interfere, sobrepoe-se a alegria musical que ouço enquanto o mundo ao redor permanece chato e em silêncio.

Carnaval chegando, muita folia, muitos filmes e séries na televisão. Muitas são as opções de coisas novas. Mas e os clássicos onde entram nessa agenda de interesses sempre cheia?

Se você não viu, ou se já conhece, é sempre hora de voltar aos clássicos. Com o passar do tempo nossa visão como observador sobre diversas influências, conhecimentos e outras informações são adquiridas e no mais, o próprio filme, livro ou obra de arte vai se revelando mais...

Escrevo no Cenas de Cinema e aqui algumas dicas de filmes clássicos para esse carnaval, (um carnaval diferente) mas não menos interessante.

Confira as criticas e mais informações no Cenas de Cinema.

Um Estranho no Ninho, dirigido por Milos Forman, é o relato baseado no livro de Ken Kesey sobre sua vivência como funcionário de um hospital psiquiátrico. Trata não apenas da loucura, mas faz uma dura crítica às instituições responsáveis por prestar esse serviço e, principalmente, uma crítica às repressões, sejam elas de direita, “limpas”, bem construídas e pautadas em tradições, ou à repressão que vem disfarçada de revolução. Leia na integra.



Scarface a vergonha de uma nação Clássico dirigido por Howard Hawks, Scarface – A Vergonha de uma Nação é, sem dúvida, uma marco na história do cinema. Com roteiro de Ben Hecht, a produção foi realizada durante os “anos de ouro da turbulência”, período em que as amarras da censura andavam frouxas... Leia na integra




“Esforçar-se para viver ou se esforçar para morrer”. A frase de Red, personagem de Morgan Freeman, é a que melhor define as perspectivas dos internos de Shawshank, penitenciaria estadual regida pelo corrupto e autoritário Warden Norton (Bob Gunton). Leia na Integra.


Era uma vez um barquinho a vela.
Não era movimentado por motores, nem hélices.
Nem correntes ou ancoras podiam pará-lo.

Gostava de depender do vento.
Fazer de Icebergs playground,
de rochedos pequenas ilhas.
Poucos sabiam que o barquinho
já foi barco a vapor.
Truculento, pesado, cinza e barulhento
parecendo se arrastar pelas águas.

Mas aquele barquinho a vela,
queria ser bem menos do que isso.
Pois, sabe que em certas coisas, menos é mais.

De barco a vela queria se transformar em jangada, 
caiaque, standup-paddle.
Qualquer coisa sem amarras, 
até mesmo jacaré sobr eas ondas lhe serve.

Leve... leve como espuma, 
belo como horizontes, livre como pássaros...
O barquinho a vela, quer ser o próprio vento...