MORANGOS

Nunca houve morangos
como os que tivemos
naquela tarde tórrida
sentados nos degraus
da porta-janela aberta
de frente um para o outro
seus joelhos encostados nos meus
os pratos azuis em nossos colos
os morangos brilhando
na luz quente do sol
nós os mergulhamos em açúcar
olhando um para o outro
sem apressar a festa
para chegar ao fim
os pratos vazios
deitados sobre a pedra juntos
com os dois garfos cruzados
e me aproximei de você
dócil naquele ar
nos meus braços
abandonado como uma criança
da sua boca ávida
o gosto de morangos
na minha memória
inclina-se de volta
deixe-me amá-lo
 deixe o sol bater
sobre o nosso esquecimento
uma hora de tudo
o calor intenso
e o relâmpago de verão
nas colinas de Kilpatrick
deixe a tempestade lavar os pratos.


Tradução de Virna Teixeira.
Indicação de nosso consultor, poeta e apaixonado por poesia Israel Azevedo

Bom dia Ivan é um prazer tê-la aqui no Moviemento em mais uma Entrevista com o Autor. Por favor, apresente-se aos nossos leitores. Quem é Ivan Marconato e nos diga como a literatura chegou na sua vida?

Olá Ygor , eu tenho 38 anos e posso dizer de que desde que me conheço por gente, eu me lembro de sempre saber ler. Eu fui um cara precoce, eu aprendi a ler sozinho, com 3 anos de idade, e tive muita facilidade em falar e escrever. Na escola, adorava as disciplinas de Redação e Língua Portuguesa, e fugia de tudo aquilo que remetia aos cálculos e á área de exatas. Eu sempre quis escrever um livro, e em menos de um ano escrevi dois. Um auto-biográfico e outro de poesias.

E como passou de leitor a escritor como se deu isso? Quais autores lhe inspiraram e ainda lhe são referências?

Eu sempre fui um “devorador de livros”, mas nunca tinha tido tempo para escrever. Eu me formei em jornalismo em 1998, mas só comecei a atuar com isso em 2012, e como as outras áreas em que eu trabalhava me tomavam muito tempo, eu não dedicava minhas horas livres para escrever. Depois que voltei ao jornalismo, em 2012, é que comecei a me dedicar mais à escrita. Os meus autores preferidos são Machado de Assis, um clássico da literatura brasileira. Gosto também dos jornalistas que escrevem livros, devido a minha formação jornalística. Mas sempre gostei de ler biografias, como as escritas por Ruy Castro ( escreveu a do Mané Garrincha, do Nelson Rodrigues e também da Carmem Miranda) Um dos meus autores favoritos, que por sinal também é jornalista.

Conte-nos um pouco sobre o seu processo criativo ou exercício da escrita, como acontece? Alguma particularidade?

Depende muito do meu estado de espírito. Costumo transpor meus sentimentos para as letras. Geralmente quando estou deprimido ou triste, costumo ter mais criatividade e inspiração poética. Já os textos jornalísticos são meio que uma obrigação. Escrever para mim é como andar de bicicleta, aprendeu-se uma vez, jamais se esquece. Costumo às vezes ter ideias ou insights de inspiração quando estou dirigindo, na fila do banco, ou no supermercado. Anoto as ideias no celular e depois quando chego em casa passo para o computador. Não há uma regra para isso.

Breve você vai lançar pela Editora Incomum o livro “Do Toque ao Toc” uma comovente narrativa de um personagem com problemas de Toc, fale-nos um pouco mais sobre o livro

O livro conta a minha estória de vida. Um personagem comum, com erros e acertos durante a vida. Os percalços e as vitórias que fazem parte da vida de uma pessoa comum. O relato de ter de conviver com uma síndrome como o Transtorno Obsessivo Compulsivo, que infelizmente não tem cura. Temos, ou melhor, tenho que viver e conviver com essa doença, e procurar minimizar os seus sintomas, com medicamentos e terapia. Será que eu consigo? Tenho de conseguir, pois tenho que viver, e a forma como se lida com o TOC é vivendo com ele .

Como chegou a essa narrativa, fez pesquisa sobre o tema? O que pode nos dizer sobre tratamento disponível para pessoas com esse problema?

Não cheguei a pesquisar nada sobre o tema, pois os relatos sobre o meu comportamento enquanto paciente. Entretanto, dois psicólogos ( um meu amigo há mais de 30 anos que conhece a doença , e o autor , me deu muitas informações sobre o TOC. Além dos prefácios escritos por dois profissionais da área.

E como foi a experiência de auto publicação, como enxerga o mercado editorial e as possíveis saídas para o autor independente?

Eu achei a experiência de publicar o livro como a realização de um sonho. E a editora Incomum é um grande espaço para publicar livros em pequenas quantidades e a baixo custo. Já estou escrevendo o segundo livro, de poesias e logo vem um romance por aí.

Trabalha em algum projeto novo? Pode nos adiantar algo?

O livro de poesias que já está pronto, e depois virá um outro romance

O O que está lendo no momento ou leu recentemente que gostaria de compartilhar com nossos leitores?

Atualmente estou lendo o livro ( também publicado de maneira independente) do Autor Antônio Vidal Filho, o Mistério do Sério Romão. Aventuras de um andarilho namorador pelo litoral do País. Engraçado e motivador.
 
Você é jornalista também, e faz uma cobertura de eventos esportivos também, como enxerga a realização da Copa do Mundo que se aproxima, estamos preparados para um evento desse porte?

Esportivamente eu creio que sim. O time de Felipão é bem armado e ele sabe como motivar um grupo. Além do fato de ter sido campeão com a seleção em 2002, isso já o qualifica, aliando-se à conquista da Copa das Confederações do Ano passado. O que me preocupa é com questão à reforma dos estádios, as exigências da FIFA, e principalmente à utilização de recursos públicos para a realização da Copa. Seremos filial da FIFA por um mês, mas o povo é que pagará essa conta. Eu acho que o mundial deveria ser realizado com as nossas condições, sem ter que ficar pedindo bênçãos e atendendo a tudo que a FIFA exige. 

Ok Ivan obrigado pela participação! Mande um recado para os novos autores ou para os leitores, enfim deixe aqui o seu recado: 

Leiam e escrevam muito. Pois é pela leitura é que se adquire o hábito de escrever. É lendo e escrevendo que se viaja, sem sair do lugar onde se encontra. Um abraço e até a próxima.

I.

Sou um homem apenas, preciso de sinais visíveis,
me canso logo construindo as escadas da abstração.
Pedi não raro, bem sabes, que a figura na igreja
erguesse a mão para mim, uma única vez.

Indicação de nosso consultor, poeta e apaixonado por poesia Israel Azevedo

No mundo da comunicação é interessante observar o impacto que uma informação provoca, revelando detalhes mais íntimos da nossa sociedade. 

Eu edito um jornal de bairro, que tem presença online no endereço www.superquadranews.com.br e também a versão impressa que circula mensalmente em todas as residências do bairro Super Quadra Morumbi. A base do conteúdo, claro, é o bairro, respingando em alguns acontecimentos da região. Além disso, há informações dos anunciantes (que dão fôlego ao projeto) e um vasto conteúdo opinativo dos colunistas.

Certo dia, recebemos uma denuncia de um morador relatando à falta de um medicamente no posto de saúde. Após o serviço de apuração dos fatos, serviço essencial para o jornalista esculpir uma matéria, descobrimos que a ausência do remédio acontece em toda cidade de São Paulo. Detalhe importante! O problema ocorre desde Novembro de 2013, e pesquisando na internet não há registros do problema. A grande mídia também esqueceu...

O remédio em questão chama-se Aerolin e é fundamental na vida de um cidadão que tem asma. Segundo a funcionária Marina, da Ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde, a falta do medicamento acontece em toda a cidade de São Paulo e não tem data para voltar aos postos de saúde. “Não temos esse medicamento, e não existe qualquer previsão de disponibilidade na rede básica de saúde”; declarou a funcionária da prefeitura. Além disso, ela afirmou que foi aberto um processo de licitação para a compra do medicamento, mas ainda não existe uma previsão concreta de quando o Aerolin estará à disposição nos postos de saúde da cidade.

Voltando à observação do impacto da informação, percebemos como é valiosa a sua participação no desenvolvimento do país, monitorando e denunciando os problemas do seu bairro. Afinal, a democracia está viva e não adianta só votar.

Marcelo Andrade é Jornalista na produtoramc e autor do livro O Evangelho das Ruas, publicado pela Editora Incomum

Bom dia Sol é um prazer tê-la aqui no Moviemento em mais uma Entrevista com o Autor. Por favor, apresente-se aos nossos leitores. Quem é Sol Soares e nos diga como a literatura chegou na sua vida? 


Obrigada pela oportunidade de participar junto com vocês do Moviemento. É fácil ser a Sol Soares. Sou uma pessoa simples, dedicada, família, que ama os animais e sente prazer em escrever. É um momento que posso ser qualquer pessoa, em qualquer situação, mundo.

A literatura chegou em minha vida desde cedo, desde pequenina, não tinha muitos amigos, era introvertida e caseira. Um momento em que divagava e ansiava por histórias emocionantes.

E como passou de leitora a escritora como se deu isso? Quais autores lhe inspiraram e ainda lhe são referências?

Sempre tive momentos de devaneios, como disse antes, desde menina. Qualquer situação em que estava, sozinha ou participando de algum fato, seja familiar, estudantil que não me interessava, sentia grande necessidade em devanear. Só precisava amadurecer essa vontade de transferir esses pensamentos para o papel, além de conhecimento e técnica de escrita, que aconteceu já na fase adulta.

Muitos livros me marcaram no decorrer dos meus dias, mas gosto muito de histórias fantásticas como as de J.R. R. Tolkien, toda a trajetória de O Senhor dos Anéis, Hobbit, Contos Inacabados, Os filhos de Hurin, O Silmarillion, entre outros. Também gosto de leituras dramáticas como as de Khaled Hosseini em “Caçador de Pipas” e “A Cidade do Sol” e Markus Zusak “A menina que roubava livros”. 

Conte-nos um pouco sobre o seu processo criativo ou exercício da escrita, como acontece? Alguma particularidade?

Trabalho em uma empresa privada na área da saúde um pouco mais de 12 anos. O meu trabalho me pede 6hs diárias, salvo quando preciso participar de algum curso ou treinamento para aperfeiçoamento de minhas funções. Fora disso, disponho de muito tempo livre para me dedicar a minha paixão: escrever. Então, após o almoço, me transformo na Escritora Sol Soares e sigo com meus compromissos fornecendo informações aos meus seguidores nas redes sociais, blog, na construção de histórias, personagens, ideias, além de leituras e pesquisas que fazem parte do meu dia-a-dia.

Seu livro “Dois minutos para te Amar” está disponível no site Clube de Autores para venda. Fale-nos um pouco mais sobre o livro do que se trata?

Dois Minutos para te Amar, é um livro polêmico, vai tratar de infidelidade matrimonial e tem linguagem e conteúdo adulto. Os protagonistas são infelizes em seus relacionamentos e acabam se apaixonando fora deles. Ela, Irene, uma técnica de Raios-x casada com um profissional no ramo da informática, sente-se grata pela forma que se envolveu com o marido no passado, sem dizer de um trauma infantil de cunho sexual que carrega. Ele, Augustos, um médico renomado e conferencista que vive com uma mulher ciumenta e possessiva, declinada a não ser mãe. Irene e Augustos se envolvem e acabam vivendo uma paixão avassaladora. 

Por se tratar de uma história com tantos detalhes como se deu esse processo de escrita, e em quanto tempo foi produzido? 

Avaliando algumas situações do dia-a-dia de muitas pessoas, amigos e familiares pela angustiante rotina de diversos casais que deixam de se amar, escrevi uma história baseada em contos, experiências e emoções que me permitiram pensar além de quatro paredes. Sem dizer, que vivemos em dias sem tolerância, digo isso, porque parece-me que nada mais é digno de paciência, seja com o próximo, com a concretização de algum serviço, em uma fila no comércio, no trânsito e o que dirá no casamento. 

Bem, foi um processo bem longo, seis meses, todos os dias, de dedicação, pesquisa, altas madrugadas ouvindo músicas românticas e uma vontade de ver concluída toda as etapas da história.



E como foi a experiência de auto publicação, como enxerga o mercado editorial e as possíveis saídas para o autor independente?

Vejo um mercado editorial cada vez mais crescente. Apesar de ainda ser muito difícil para o autor novo conseguir um espaço de destaque nas editoras tradicionais, deixando esses autores, como eu, necessitando recorrer as publicações independentes. O custo também é preocupante. Serviços profissionais como revisores, diagramadores, designer, entre outros, acometem um investimento considerável. Digo por mim mesma, que resolvi me auto publicar no site do Clube de Autores por não ter recursos suficientes para investir na minha carreira literária. A experiência com essa editora sob demanda, foi gratificante, pois, consegui com muita facilidade publicar o romance Dois Minutos para te Amar, com qualidade impecável e atendem todos os leitores que adquirem meu livro.

Trabalha em algum projeto novo? Pode nos adiantar algo?

Sim. Estou lançando também em produção independente “Luck – O Amor de um Pássaro”. No início à venda está acontecendo somente no meu blog em versão e-book.

É a história de um pássaro que foi tirado da natureza para o comércio ilegal. À partir daí começa sua aventura num mundo desconhecido, longe de tudo que começou a amar muito cedo. Longe de seu habitat, Luck terá que aprender a conviver com a natureza humana, a vida presa em uma gaiola, a solidão e a saudade sempre na esperança de rever sua família novamente.

Um outro tema já em processo de construção, será um romance policial que abordará a psicopatia.

O que está lendo no momento ou leu recentemente que gostaria de compartilhar com nossos leitores?

Estou lendo pela segunda vez, “Mentes Perigosas” de Ana Beatriz Barbosa Silva, que nos remete a reflexão de pessoas que estão em nossa volta e sofrem de distúrbios psicológicos. Esta leitura procura nos deixar alertas sobre possíveis psicopatas em diferentes estágios que podem fazer parte do nosso convívio, seja familiar ou profissional, além de histórias que tiveram destaque nas mídias, redes sociais, enfim.

Para relaxar e desviar o conflito deste tema, revezo a leitura com dois exemplares para relaxar, um livro de Ygor Moretti em “Do Som ao Impacto” e da escritora baiana Alane Brito, “O Trio” 

Ok Sol Soares obrigado pela participação! Mande um recado para os novos autores ou para os leitores, enfim deixe aqui o seu recado: 

Mais uma vez gostaria de agradecer ao blog Moviemento a grande oportunidade de falar um pouquinho sobre mim, a rotina e a caminhada nesta carreira literária que requer muita dedicação e aperfeiçoamento. Aos novos escritores, desejo muito sucesso e persistência sempre. Nada será mais gratificante que você pegar o seu livro, a sua história nas mãos e ver o quanto foi capaz de deixar um legado para todos, mesmo que seja uma publicação independente. Você chegou onde muitas, milhões de pessoas não chegaram e aos leitores que acompanham meus trabalhos, só tenho que agradecer porque estão sendo o termômetro que me impulsiona a continuar. 

Peço que continuem me seguindo nas fan pages:
Um abraço.
Sol Soares


Outras entrevistas com autores aqui do Moviemento:

Hoje farei uma "auto-publicação-de-sí-mesmo" com todos os pleonasmos e espírito narcisista que for possível hehehe.

Estarei divulgando (gerúndios também uhuuuu) o meu livro "Do Som ao Impacto" lançado pela Editora Incomum e disponível para venda através do site da editora.  O preço do livro é totalmente inverso ao valor da venda, módicos R$9,90 que claro não alcançam nem representam toda a qualidade literária contida ali ou no meu ego gigantesco (rssssss).

Show de humildade a parte, este foi o meu primeiro livro de contos, escrito durante cerca de 10 anos, escrevendo, reescrevendo, mudando, cortando, acrescentando ou juntando. Inúmeras revisões e provavelmente algumas coisas poderiam ser melhoras ali, mas creio que bem ou mal o livro e as histórias já deram forma ao pequeno compendio de contos. Seria injusto continuar a mudá-los, creio que nesse caso era preciso "dar a cara a tapa", assumir as falhas, erros e partir para os próximos projetos.
A idéia do livro surgiu bastante inspirada na estrutura de narração do filme "Pulp Finction" de Quentin Tarantino, ou de Rashomon do Kurosawa de 1950 que vem bem antes de "Pulp". Existe uma história central e os diferentes pontos de vista das outras pessoas ligadas aquele acontecimento. Em "Do Som ao Impacto" fui um pouco além disso, as histórias possuem coisas em comum, o antes e depois mas de uma forma bem mais subjetiva que tornam as histórias quase que totalmente independentes.

Essa história "central" que dá nome ao livro, "Do Som ao Impacto", narra o cotidiano de um velho sem maiores pretensões na vida a não ser tomar seu banho de sol pela manhã. Quando sem maiores razões é atingido por uma bala. A partir desse fato giram as outras histórias, algumas bem próximas desses personagens ou acontecimentos e outras em outro tempo, num passado ou futuro distante dalí, com personagens ora bem próximos desse acontecimento e ora com personagens ligados indiretamente a essa trama.

A baixo segue o book trailer do livro, espero que gostem e se quiserem adquirir o livro eis o link para compra: Do Som ao Impacto

Nos moldes de "Zodíaco" 2007 o longa "Os Suspeitos" do diretor Canadense Denis Villeneuve mantem-se firme num ótimo roteiro que não se apressa em contar a história mas respeita um ritmo lento, que dá ao filme um caráter especial.
Em meio a um almoço de Ação de Graças na casa de seu amigo Franklin (Terrence Howard), Keller Dover (Hugh Jackman) percebe que a filha Anna e Joy sua amiga estão demorando para voltar de sua casa onde foram buscar um apito de urgência. Após procurar nas duas casas e em todos os cômodos, seu filho mais velho Ralph informa sobre a estranha presença de uma Van estacionada na rua, dentro dessa alguém parecia observar as meninas enquanto brincavam ao redor do automóvel.   
Assim se instala o pânico em todos, a polícia é avisada e tem início a caça a Van e ao seu misterioso motorista. Nesse ponto entra em cena do detetive Loki (Jake Gyllenhaal), conhecido por nunca ter perdido um caso, talvez o seu maior desafio esteja nesse perigoso e intrigante mistério.
Com um grande elenco nas mãos, Maria Bello, Terrence Howard e Jake Gyllenhaal num papel parecido com o de "Zodíaco", o diretor Denis Villeneuve manteve não apenas esses nomes como também toda a trama bem ajustada e controlada por suas lentes. Hugh Jackman fez uma preparação toda especial para vivenciar o papel, fazendo pesquisas com os problemas do alcoolismo e o comportamento de pessoas que vivenciaram grandes tragédias.
Sob uma luz sempre opaca, num clima denso e lento a trama é narrada em suas minucias, sem pressa de contar a história e mergulhar nas diversas reviravoltas que acontecem e principalmente no drama que cada uma dessas mudanças causa nos personagens. O publico precisa sim de paciência e "compromisso" com a história em suas 2 horas e meia de filme. Mas certamente será recompensado com um filme que aos poucos vai se desvendando e permitindo diversas inferências, mesmo ao seu final ou em possíveis e futuros reviews da película.


Olá amigos da cultura! Algumas cenas que vivenciamos, no calor da nossa rotina, nos marcam e nos levam a longas reflexões. Recentemente, acompanhei duas histórias, dois extremos e decidi registrar em tom de poesia, principalmente para preservar a identidade dos envolvidos. Aprecie e boa reflexão. 

De um lado,
uma viciada em crack,
queimando a vida,
basicamente sem esperança.

Na outra ponta,
uma enfermeira que salva vidas,
hoje lutando por ela,
com a pílula da esperança.

Dois extremos,
dois seres,
por um milagre,
do único Deus!


Marcelo Andrade é Jornalista na produtoramc e autor do livro O Evangelho das Ruas, publicado pela Editora Incomum