Hollywoodland


Adrien Brody é Louis Simo um detetive a beira do fracasso, a procura de um grande caso a ser resolvido, ou qualquer outro trabalho que lhe renda algum “trocado”. Louis será contatado por Helen Bessolo, mãe do ator protagonista da série Super-man, George Reeves, Helen não crê na versão divulgada pela policia e imprenssa de que seu filho teria se suicidado, ela então, apostará suas fichas, e toda sua esperança nas habilidades investigativas de Louis Simo.

Essa é a história de Hollywoodland, um mergulho nos bastidores de Hollywood, demonstrando o lado sujo da industria cinematográfica. Ao passo que o personagem de Adrian Brody intensifica sua investigações, a história de George Reeves é mostrada em flask-backs, até o momento de sua morte, no entanto, o caminho até esse momento fatal vai sofrendo digressões que apontam diferentes desfechos para a tragédia. Bem Affleck em ótima forma é quem interpreta George Reeves, o ator realizou uma pesquisa intensa para “chegar” ao personagem, conseguindo desempenhar uma atuação convincente. O elenco tem a presença de Diane Lane e Bob Hoskins.

A produção conta com um excelente trabalho de reconstrução de época. Consegue visitar e dar vida aos anos dourados de Hollywood, o ar glamuroso da época, festas e personagens é reconstruído de forma bastante competente.

Ao passo que a história se desenvolve, a vida de Simo e Reeves toma um mesmo rumo,
são dois homens que nunca atingiram de fato a plenitude profissional e precisam conviver com a amargura do fracasso. Louis Simo convive então com uma dor latente, e é através da morte de Reeves, da “análise” que ele faz da vida dos outros, que depara-se com seus próprios fantasmas, e enxerga os altos e baixos de sua vida.
Por fim, utilizando de um paradoxo entre personagens, principalmente de um anti-herói que interpretava um dos mais conhecidos super-heróis, munido ainda das boas atuações de Ben Affleck e Adrien Brody onde Adrien sem muito esforço se ressalta, Hollywoodland afirma-se como uma boa opção nas prateleiras das locadoras.

Ygor MF

Ficha Técnica:
Título Original: Hollywoodland
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 126 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2006
Direção: Allen Coulter
Roteiro: Paul Bernbaum
Fotografia: Jonathan Freeman
Elenco:
Adrien Brody (Louis Simo)
Ben Affleck (George Reeves)
Diane Lane (Toni Mannix)
Bob Hoskins (Eddie Mannix)
Lois Smith (Helen Bessolo)
Robin Tunney (Leonore Lemmon)
Larry Cedar (Chester)
Jeffrey DeMunn (Art Weissman)
Brad William Henke (Russ Taylor)
Veronica Watt (Rita Hayworth)

Os Indomáveis

O filme “O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford” que conta a história do lendário personagem do velho oeste, não pode ser considerado um Western apesar do contexto em que está inserido. Esta mais para um drama, lento e por assim dizer bem diferente do que se espera de um filme do gênero. Já o vencedor do Oscar “Onde os fracos não tem vez”, que se passa em tempos mais atuais, tendo como personagens policiais, assassinos profissionais, traficantes mexicanos, cavalos são substituídos por Pick´ups, já foi classificado pela crítica como o filme que decreta o fim dos Westerns, a demonstração da impossibilidade moral do gênero.


Contrapondo-se a temáticas que ás vezes superam os próprios filmes, o filme “Os Indomáveis” do diretor James Mangold, estrelado por Russell Crowe, Christian Bale e Peter Fonda, é, em sua excelência um filme de Western, não preocupando-se com o os clichês presentes na produção, que vão desde as músicas, personagens e a história propriamente dita. O filme protege-se em sua proposta inicial, que é a pura missão de ser um filme com mocinhos, bandidos, tiroteios, longas cavalgadas e grandes e lindos cenários. Sem grandes pretensões o longa cumpre com tais expectativas, não responde nem lança discussões sobre o plano cinematográfico, não faz intersecções entre gêneros, e não inova, não revoluciona os preceitos da sétima arte. Porém vale-se de uma boa execução.


Para contar a história de Dan Evans (Christian Bale) um rancheiro que por ter sérios problemas financeiros, decide integrar um grupo com a missão de levar Ben Wade (Russel Crowe), um famoso ladrão de bancos, até uma cidade distante onde um trem o espera para levá-lo a prisão de Yuma. O diretor não foge aos clichês do gênero, e os utiliza de uma maneira honesta, que ameniza e os torna mais discretos. Longe de pretensões nocivas e oportunistas.
Os conflitos e papéis estão claros e esquematizados, porém não há uma formula aplicada para dar certo, ou pior, uma receita cegamente seguida, existe sim todo um trabalho de direção roteiro e um ótimo elenco que conquistam uma perfeita execução de suas respectivas funções.


A trama caminha em direção ao ápice, durante a viagem que Dan Evans faz em busca da recompensa, que irá salvar sua família da desgraça financeira por que passam. No entanto, a missão de Dan, enfrentará diversas dificuldades. Seja por transportar um sujeito de alta periculosidade ou por defender-se do interesse de outros grupos, antigos inimigos de Ben Wade ou mesmo o seu próprio bando de homens fiéis e sanguinários, que farão qualquer coisa para resgatar seu líder.


Como se não bastassem tais dificuldades, Dan, um desertor do exército, enfrentará conflitos internos, que o farão questionar-se quanto a ser um pai de família, responsável e capaz de suprir as necessidades de seus filhos e esposa. Junto a isso, a convivência com Ben Wade, o faz ainda mais confuso quanto aos seus valores morais, principalmente quando começa a perceber que Wade, mesmo sendo um criminoso convicto, possuí um lado humano sensato e repleto de valores que por assim dizer, dificultará suas escolhas dali para frente.

Ygor MF

Ficha Técnica:
Título Original: 3:10 to Yuma
Tempo de Duração: 117 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Direção: James Mangold
Roteiro: Halsted Welles, Michael Brandt e Derek Haas, baseado em estória de Elmore Leonard Fotografia: Phedon Papamichael
Elenco:
Russell Crowe (Ben Wade)
Christian Bale (Dan Evans)
Logan Lerman (William Evans)
Dallas Roberts (Grayson Butterfield)
Ben Foster (Charlie Prince)
Peter Fonda (Byron McElroy)
Vinessa Shaw (Emmy Nelson)
Benjamin Petry (Mark Evans)
Luke Wilson (Zeke)
O Sacrifício – de Andrei Tarkovski
O filme "O sacrifício" narra a história do professor e escritor aposentado Alexander, que vive no campo ao lado de sua família e prepare-se para comemorar seu aniversário. No entanto a reunião familiar é abalada com a noticia de um início de guerra nuclear. A partir daí, cada integrante da família terá um tipo de reação diante da possibilidade do fim do mundo. O que não é exagero pensar caso uma guerra nuclear ocorresse de fato.

O longa é de 1986, ano do desastre nuclear de Chernobyl, período em que o mundo permanecia tenso diante da Guerra-Fria. Porém, “O Sacrifício” não é um drama que especula sobre o perigo das armas nucleares, ou faz uma crítica sobre o uso que a humanidade faz de tal energia. Por outro lado não podemos dizer também que seja uma perturbadora obra de ficção aprofundando-se em uma situação catastrófica de um apocalipse projetado pelo homem. Tarkovski utiliza-se de um tema amplamente complexo para progredir ao encontro de temas de uma natureza mais filosófica e religiosa.

Através do personagem Alexander, um intelectual e ateu convicto, o diretor explora o conflito em que o homem na incerteza da vida e na certeza da morte se depara. Em dado momento Alexander ajoelha-se e renega toda a sua vida, seus valores e tudo que o cerca para que o mundo volta-se a ter a “paz” daquela manhã anterior a notícia da guerra. Inútil, incapaz e solitário, o professor clama a Deus, reza e chora.

As reações de Alexander e dos demais personagens refletem e muito, o momento pelo qual o diretor Andrei Tarkovski passava. Sofrendo de um câncer no pulmão durante as filmagens, o diretor viria a falecer meses depois de concluir “O Sacrifício”.

Toda a obra de Tarkovski é marcada por uma forte carga existencial e espiritual, “O Sacrifício” é entre seus trabalhos o que mais se destaca por ter um ritmo extremamente poético, longas tomadas, grandes planos e seqüências “intermináveis" de silêncio (elementos encontrados em toda a filmografia do diretor, mas em maior quantidade em “O Sacrifício”). Um filme para ser apreciado com toda a paciência que couber ao espectador, degustando cada imagem, observando cada movimento da câmera. Pois em seu último trabalho é que fica mais evidente, mais explicito, o “fazer” poético e a arte da execução que Tarkovski tinha controle.

O filme foi rodado na Suécia, durante o exílio do diretor. O elenco tem uma atuação bastante centrada, convicta. O roteiro não sofre grandes artimanhas, variações ou esquemas, segue num ritmo lento, com diálogos repletos de angustia, contrapostos a longas divagações dos personagens. Ao fundo a trilha sonora de Bach amplia a angústia e a poesia dos longos planos que em alguns momentos ultrapassam dez minutos sem cortes.

Outro fator que impressiona no trabalho de Tarkovski e deixa claro sua genialidade, é o posicionamento da câmera, por diversas vezes o espectador é colocado como se estivesse assistindo a uma peça de teatro. Mantendo planos privilegiando os cinários, diminuindo os cortes e fazendo com que a interação do atores com o cenário ganhe força, vitalidade e naturalidade.

Contudo segue a orientação, ou melhor, o aviso de um filme difícil que exige paciência e a total falta de preconceitos, que ao final resultará em uma rara experiência cinematográfica.
Ygor MF

Abaixo o filme “O Sacrifício” nas palavras de seu realizador:
"O assunto que abordo neste filme é, na minha opinião, o mais crucial: a ausência de espaço para a existência espiritual, em nossa cultura. Nós ampliamos a meta das nossas realizações materiais e conduzimos experiências materialistas sem levar em conta a ameaça que é privar o homem de sua dimensão espiritual. O homem está sofrendo, mas não sabe porque. Ele sente uma ausência de harmonia e procura a sua causa."

Andrei Tarkovski
Título original: Offret (Suécia/ Inglaterra/ França, 1986)
Diretor: Andrei Tarkovski
Elenco: Erland Josephson, Susan Fleetwood, Allan Edwall, Guðrún Gísladóttir, Sven Wollter, Valérie Mairesse, Filippa Franzén
Idioma: Sueco
Legendas: Inglês, espanhol, português
Gênero: Drama
Duração: 142 min. Cor

Veja também a resenha do filme “A infância de Ivan” http://moviemento.blogspot.com/2007/12/infncia-de-ivan-de-andrei-tarkovsky.html

o diretor Andrei Tarkovski

O Reino
Após um atentado terrorista contra uma colônia de americanos que vivem em um país do oriente médio, o agente Ronald Fleury (Jamie Foxx) organiza uma força tarefa para entrar em território inimigo e encontrar o culpado pelo atentado. Essa é a história do tenso “O Reino”. Ronald terá de transpor as várias barreiras políticas que impedem a ação do FBI, além de arriscar-se diante do perigo eminente de um novo atentado contra a equipe de agentes especiais liderada por ele.

Recentemente lançado nas locadoras, o longa “O Reino” mostras-se um filme surpreendente, ao tocar no tema “Terrorismo”, sem limitar-se a explosões e tiroteios. Explosões, perseguições e tiros, são elementos presentes no longa, assim como em qualquer outro filme de ação. Porém, o suspense direcionado pela investigação atrás do terroristas é que dá velocidade a trama. Aliás, o pouco tempo de filme, 109 minutos, mantém a intensidade das cenas.

Em contra-partida, se a direção de Peter Berg e o roteiro de Matthew Michael Carnahan tentam em certo momento fazer de “O Reino” um filme mais sério e imparcial, acabam caindo em um discurso demagogo ainda que honesto, retratando a violência e as atrocidades que o homem é capaz de cometer, movido por questões políticas, religiosas e principalmente munido de vingança acobertada por outros sentimentos e valores.

Chris Cooper e Jennifer Garner completam o elenco ao lado de Jammie Foxx que com grandes atuações em “Ray” e “Colateral”(ambos 2004), vem ganhando maior espaço em Hollywood, tendo protagonizado filmes como “Miami Vice”(2006) e o “O Reino”(2007).
Anuanciado para 2009, Foxx irá contracenar com Robert Downey Jr. no longa biográfico “The Soloist” que conta a história de Nathaniel Ayers, um músico de grande talento que descobre sofrer de esquizofrenia. Jamie Foxx fará o papel de Nathaniel, voltando a interpretar um músico, papel que lhe rendeu o Oscar de 2005 em seu trabalho em “Ray”, onde viveu Ray Charles.

Ygor MF
Ficha Técnica:
Título no Brasil: O Reino
Título Original: The Kingdom
Tempo de Duração: 109 minutos
Ano de Lançamento: 2007
Estréia no Brasil: 23/11/2007
Direção: Peter Berg

Elenco:
Jamie Foxx (Ronald Fleury)
Chris Cooper (Grant Sykes)
Jennifer Garner (Janet Mayes)
Jason Bateman (Adam Leavitt)
Ashraf Barhom (Colonel Faris Al Ghazi)
Ali Suliman (Sergeant Haytham)
Jeremy Piven (Damon Schmidt)



Lançamento em DVD
A Lenda de Beowulf


O diretor Robert Zemeckis de “Náufrago” (2000) e “Forrest Gump” (1994) volta a utilizar a computação gráfica para contar uma história. Depois de “O Expresso Polar” (2004) agora é com “A Lenda de Beowulf” que o diretor faz uso da tecnologia.
Em “A Lenda...” assim como em “O Expresso Polar”, todos os atores atuaram frente a tela vazia, com sensores de captura de movimento presos a eles. Os dados destes sensores eram repassados a computadores e serviam de molde para a criação do personagem no próprio filme. Daí nota-se a riqueza absurda de detalhes alcançada, quadro a quadro deixando a dúvida se o que vemos são cenas reais de atores e cenários ou computação gráfica.
O elenco repleto de nomes conceituados como Anthony Hopkins, Anjelina Jolie, John Malkovich e Ray Winstone faz com que tal reconhecimento seja ainda mais imediato, mesmo que esses estejam devidamente caracterizados por seus respectivos personagens.
O roteiro foi adpatado por Neil Gaiman e Roger Avary a partir do poema épico cujo autor permanece desconhecido.
“A Lenda de Beowulf” conta a saga do herói que chega às terras do rei Hrothgar que estão sendo assoladas pelo demônio Grendel. O rei prometeu riqueza a quem conseguir destruir a fera, Beowulf, guerreiro de grandes feitos, junto a seus homens irão engendrar um plano para devolver a paz e a liberdade às terras da antiga Dinamarca.
Resumidamente esse é o mote da história, porém o que faz tal acontecimento atravessar o tempo e ser mais uma vez contado, é a carga dramática implícita na história. Pois engana-se ou limita-se quem se prende apenas a ação da fita e a representação do herói medieval. Beowulf é em certos pontos uma antítese aos feitos dos grandes heróis, é acima de tudo a narrativa que mostra os homens por detrás dos ditos heróis. Discorre ainda sobre a cobiça e a ganância humana, mostra a construção do homem à herói, e a desconstrução deste, que depois encontrando-se com sua redenção, dono agora de reais valores tornando-se novamente Homem e herói, agora num sentido mais amplo e prático da palavra. Essa sim é a maior das viagens que Beowulf faz, é a riqueza da história contida nos 113 minutos do longa.
Robert Zemeckis mostra-se um sábio contador de história, sabendo lhe dar com as diversas nuances do roteiro, juntando técnicas narrativas ao uso de tecnologia, não ficando refém dessa em nenhum momento da história. Robert evidencia a riqueza da história acima dos efeitos especiais.

Ygor MF


Ficha Técnica:
Título Original: Beowulf
Gênero: Animação
Tempo de Duração: 113 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Neil Gaiman e Roger Avary, baseado no poema épico "Beowulf", de autor desconhecido Fotografia: Robert Presley


Elenco:
Ray Winstone (Beowulf)
Robin Wright Penn (Rainha Wealthow)
Rik Young (Eofor)
Brendan Gleeson (Wiglaf)
Crispin Glover (Grendel)
Leslie Harter Zemeckis (Yrsa)
Anthony Hopkins (Rei Hrothgar)
Angelina Jolie (Mãe de Grendel)
Alison Lohman (Ursula)
John Malkovich (Unferth)

Lançamento de DVD
Ta dando Onda


Chega às locadoras a animação Surf´s Up dos estúdios da Sony Pictures Animation, com a história do surfe praticado por pingüins, isso mesmo, pingüins surfistas. E não estão apenas pegando carona com a onda utilizando o seu já adaptado corpo. Estão em pranchas disputando campeonatos, tubos, recordes, manobras e tudo o que uma competição oferece.

A história de Surf´up concentra-se no personagem de Cadu Maverick, um jovem pingüim que sonha com a glória do esporte e tem como inspiração o lendário Big Z. A saga de Cadu tem início quando esse decide participar de um grande torneio de surfe afim de provar-se um grande surfista, conquistar prêmios e prestígio.

É junto a toda essa expectativa que Surf´up guarda a sua lição de moral, a mensagem maior do longa dá-se quando Cadu conhece Greco, um surfista veterano, um “surfista de alma”, que irá lhe mostrar o real valor do esporte, da amizade e assim desmistificando a importâncias das competições. Aplicando por fim velhos chavões que no contexto em questão são perdoáveis e justificáveis, como por exemplo: “O importante não é vencer mas competir” ou ainda, “O verdadeiro campeão nem sempre é aquele que chega em 1ºlugar”.

O visual é caprichado, tem-se a sensação de poder tocar as ondas e a água do mar, tamanho a perfeição da animação. Os personagens não fogem a estereótipos, o mal, o bom o engraçado e por aí em diante. Cadu Maverick é o personagem principal, inexperiente em certos momentos arrogante e pretensioso em outros, no entanto, são suas imperfeições e seus defeitos que lhe empregarão maior verossimilhança (mesmo se tratando de um pingüim), assim Cadu junto aos espectadores, aprenderá valiosas lições.


Outro ponto bastante interessante de “Ta dando Onda” é o acompanhamento que a câmera faz dos surfistas. Como a um documentário, tem-se o foco aproximado das manobras, ou a câmera tremulas nas mãos e ainda grandes panorâmicas dando a dimensão da grandeza das ondas que a natureza e a computação gráfica pode realizar.

Ygor MF

Ficha Técnica:


Título Original: Surf's Up
Gênero: Animação
Tempo de Duração: 85 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial: www.sonypictures.com/movies/surfsup/index.html
Estúdio: Sony Pictures Animation
Direção: Ash Brannon e Chris Buck
Roteiro: Lisa Addario, Christian Darren, Don Rhymer e Joe Syracuse


Elenco:


(Vozes)
Jeff Bridges (Grego)
Élcio Romar (Grego - versão brasileira)
Zooey Deschanel (Lani)
Fernanda Souza (Lani - versão brasileira)
Shia LaBeouf (Cadu Maverick)
Gustavo Pereira (Cadu Maverick - versão brasileira)
Jon Heder (João Frango)
Alexandre Moreno (João Frango - versão brasileira)
Mario Cantone (Mikey Abromovitz)
Sérgio Stern (Mikey Abromovitz - versão brasileira)
Diedrich Bader (Tank Evans)
Ricardo Juarez (Tank Evans - versão brasileira)
James Woods (Reggie Belafonte)
Dana Belben (Edna Maverick)
Kelly Slater (Kelly)
Rob Machado (Rob)









Cloverfield


Um monstro gigante ataca Nova York, causando pânico, destruição e morte por onde passa. Roteiro mais simplório e batido que este deve ser raro de encontrar no mundo do cinema, mais difícil ainda não fazer referências com filmes como Godzilla, e outros filmes de destruição em massa, como Independence Day e outros. Outras referências mais perigosas e pejorativas a respeito de um roteiro com essa “espinha dorsal” só mesmo no mundo dos filmes B.
Porém o que “salva” Cloverfield, o que o tira da mesmice é o fato de todo esse contexto de monstro-destruindo-a-cidade, é filmado o tempo todo com uma câmera amadora, ao estilo de “A Bruxa de Blair”.
Em “Cloverfield” um grupo de amigos é surpreendido com um enorme estrondo vindo da rua no momento em que esses estão em uma festa de despedida, onde tudo é filmado.
A partir daí, assistimos quase participando de todo o caos pela ótica de Hud o “cinegrafista”, responsável por registrar toda a festa e agora incumbido de uma missão maior que é registrar o ataque do monstro. A história do filme parte do princípio de que uma câmera foi encontrada nos destroços da cidade, contendo o registro de todo o caos causado pelo monstro.

Produzido por J.J. Abrams criador da série Lost e Alias, o nome mais famoso envolvido no projeto, junto a um elenco de desconhecidos, roteirista e diretor de pouca expressão. Cloverfield é uma fita interessante, ainda que não inove do ponto de vista cinematográfico, consegue, utilizando uma formula rápida e atual, prender a atenção do público. Desde de o alvoroço causado pelo trailer na internet até o momento de enfim ver o monstro. Se o suspense já contido no longa for a única grande expectativa do público, Cloverfield pode sim agradar.


Ygor Moretti



Diretor: Matt Reeves (1)
Roteirista: Drew Goddard
Elenco: Lizzy Caplan,

















Não Estou Lá

Em I´m Not There, o diretor Todd Haynes mergulha e junto arremessa os espectadores no mundo do astro Bob Dylan. Todd opta por uma “biografia” repleta de peculiaridades. São seis personagens que representam, que são e não são Bob Dylan.
Explicando... A princípio espera-se que “Não estava lá” seja um filme que conte a história de Bob, desde sua origem, suas influências até chegar ao “senhor” de sessenta e tantos anos de hoje. Mostrando fatos importantes que marcaram sua carreira e viriam a marcar o mundo da música e das artes de modo geral. Porém o caminho percorrido pelo longa mostra-se longe do convencional. Arma-se de uma visão e uma demonstração bastante subjetiva, que pede muito ao espectador. São referências distantes que este terá de buscar e construir ao longo dos 135 minutos do filme. História fragmentadas de diferentes personagens que, no entanto, são todos o mesmo Bob Dylan.
Como já foi bem dito, “Eu não estava lá” não é um filme sobre Bob Dylan, mas sobre o artista que Dylan é. E é justamente isso que o diretor e roteirista Todd Haynes quer mostrar, quando interlaca a história de um garoto negro que percorre o país com sua assustadora bagagem musical, ou através da história do jovem compositor de música Folk, o seu sucesso e decadência. Temos ainda um poeta aparentemente interrogado que é Dylan, um músico em turnê por Londres que também é Dylan, aqui na referência mais direta a Bob Dylan, genialmente interpretado por Cate Blanchet, e ainda um famoso ator com problemas conjugais e intelectuais, e por ultimo o “Dylan” mais distante de todos mas não menos Bob Dylan, representado por Billy um caubói solitário.
Todos esses personagens são, em contextos e formas diferentes, tudo o que o músico-poéta-pop-star-roqueiro e profeta Bob Dylan representa. Essa é a linha de pensamento do longa, é o que o torna interessante apesar de difícil. São seis história diferentes, intercaladas que no entanto, falam da mesma pessoa.
O elenco conta com presenças de peso, começando por Cate Blanchet, Chistian Bale, Richard Gere, Heath Ledger, Julianne Moore e outros. A trilha sonora não poderia ser mais caprichada, em certos momentos tem-se a sensação de estar vendo um vídeo-clipe, quando são mostradas cenas e fatos que podem ter dado origem as músicas. Nenhum personagem leva o emblemático nome Bob Dylan, são nomes como John, Jude, Woody, Billy, Arthur que sem muito esforço “disfarçam” o real personagem em questão, criando um clima lúdico e irônico, características que aliás são boa parte do combustível da obra de Bob Dylan.

Ygor Moretti

Ficha Técnica:


Título Original: I'm Not There

Tempo de Duração: 135 minutos

Ano de Lançamento (EUA / Alemanha): 2007


Direção: Todd Haynes

Roteiro: Oren Moverman e Todd Haynes

Fotografia: Edward Lachman


Elenco:


Christian Bale (Bob Dylan / John / Jack)

Cate Blanchett (Bob Dylan / Jude)

Marcus Carl Franklin (Bob Dylan / Woody)

Richard Gere (Bob Dylan / Billy)

Ben Whishaw (Bob Dylan / Arthur)

Heath Ledger (Bob Dylan)