Poemas Cinematográficos

/
0 Comments

Akasha

leva-me
ao profundo dos teus olhos
tentaculares, enfurecidos
resgata tua morte
porque são muitos os que a lembram
e jamais haverá glórias pelo teu reino
de cadáveres
no céu, o sol é frio
corada ainda tua pele
de mãos dadas, você e eu
juras, carícias, palavras
poupe-me, perdoe-me
pois é preciso negar-te
partir para que eu a traia
oh minha cara
para que privá-los
da luz, quando a treva
nos apetece?

Israel Azevedo


You may also like

Nenhum comentário: