Entrevista com o Autor - Valéria Schmitt

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Boa tarde Valéria é um grande prazer ter a sua participação aqui nesse espaço destinado aos autores. Ficamos realmente contentes em poder dar uma ajudinha a cada autor. Seja Bem vinda!


Primeiramente, quem é Valéria Schmitt, conte-nos um pouco sobre você e como foi seu primeiro contato com a literatura?

Bom, antes de mais nada, muito obrigada pela oportunidade que você está me proporcionando Ygor, realmente é um gesto grandioso da sua parte ajudar a promover autores iniciantes como eu. Agradeço a gentileza, a boa vontade e o seu altruísmo. É um prazer enorme ser entrevistada por você.
Então, vamos lá: Eu sou dentista e escritora, moro em Pitangui, Minas Gerais, sou casada e tenho dois filhos adolescentes, razão pela qual o universo adolescente me encanta. Sou filha de professores e minhas tias também foram educadoras, todas apaixonadas por livros. Eu aprendi a ler muito cedo, aos 3 anos de idade, numa época em que só se alfabetizava aos 7 anos e havia uma biblioteca enorme na minha casa, então eu passei a minha infância e adolescência dentro dela, literalmente "devorando" os livros que iam desde Mitologia Grega, passando por contos da Carochinha até livros mais sérios como os de Khalil Gibran e Maquiavel.

E como foi a mudança depois desse contato de uma leitora para uma escritora?

Na escola eu adorava escrever, minhas redações eram sempre com notas boas, mas, quando adolescente eu era rebelde, escrevia sobre temas polêmicos e sempre combatendo o "sistema", passei muito tempo apenas como leitora. No meu trabalho os meus colegas levavam sempre livros novos para que pudesse ler nos intervalos de atendimento no PS, eu ficava igual doida querendo novos livros (risos).

Depois, quando tive em minha vida experiências muito satisfatórias com Programação Neurolinguística, eu resolvi colocar minhas experiências num livro, que teve tudo aquilo que um primeiro livro normalmente tem: Título que poderia ter sido melhor, pressa em publicar, enfim, foram vários erros que tive que corrigir depois. 
Depois veio o segundo livro e o terceiro e foi ficando fácil, rsrs.

Você lançou no clube de autores o livro "Muito Além do Passado", o romance narra a história sobre lembranças de vidas passadas. É somente ficção ou tem elementos ou inspiração de crenças espíritas? Conte-nos um pouco mais sobre do que trata o livro?

Esse livro ainda é um mistério porque eu sempre levava meu notebook para o Pronto Socorro onde eu trabalhava porque, se tivesse tempo, eu sempre escrevia. No dia em que comecei a escrever "Muito Além do Passado" eu não havia levado o notebook. A vontade de escrever veio como uma avalanche, então, eu peguei um bloco de receituário e escrevi logo 50 páginas à mão! Depois fui desenvolvendo a história, mas, foi muito rápido! Parecia que ela estava pronta. E, sim, o livro tem elementos e inspiração no Kardecismo e é uma história sobre Terapia de Vidas Passadas, onde a protagonista tem 3 existências, a primeira delas na França do século XVIII. 

Sobre esse livro, as pessoas me perguntavam se eu havia psicografado e eu sempre dizia que não, porque eu estava completamente consciente durante todo o tempo, mas, aí, uma pessoa o leu e me disse que não era pra eu falar nunca mais que ele não havia sido psicografado, porque eu certamente não teria escrito essa história sozinha. E é isso...

Esse é o seu segundo romance, o primeiro foi "A Lei da Atração" e há um terceiro "Outono" certo? Existe algum tema recorrente em sua obra, ou alguma preocupação específica para ser discutida? 

Não há um tema recorrente não. " A Lei da Atração" como te falei, foi escrito porque eu senti necessidade de compartilhar as minhas experiências com Programação Neurolinguística no intuito de ajudar as outras pessoas e parece que eu consegui meu objetivo porque muita gente me falou que se sentiu tocada com o livro. O outro, "Muito Além do Passado" eu já contei como foi a experiência e "OUTONO" foi um sonho antigo! Eu sempre quis escrever para adolescentes, sempre gostei de ler livros voltados para adolescentes e gosto muito de temas fantásticos como bruxas, vampiros, magia e coisas sobrenaturais. Vi que esse é um tema que chama a atenção de muitos jovens e criei a história pensando na minha cidade, com a intenção de divulgá-la para o público jovem, tornado-a conhecida para que as pessoas sintam vontade visitar Pitangui.

E quanto a novos projetos, algo em mente ou já sendo trabalhado, pode nos contar algo?

Sim!!!! Sim!!!! E sim de novo! "Outono" é o primeiro livro de uma série! Vêm aí "Inverno", "Primavera" e "Verão". E eu tenho certeza de que vou ficar muito triste quando terminar de escrever o último, porque adoro a companhia da Carol e do Erick, amo a história e me sinto muito bem escrevendo sobre eles.

Falando de trabalho, como se dá o seu processo criativo, algum ritual ou rotina em especial na hora de escrever? 

Eu crio o tempo todo. Quando eu dei entrevistas sobre meu primeiro livro, eu disse que criava enquanto dirigia de uma cidade a outra quando ia trabalhar. Era uma viagem de quase uma hora onde eu divagava e chegava cheia de ideias louca para colocar no computador, por isso eu sempre levava meu notebook para o trabalho. O segundo livro foi o único que eu me sentava e escrevia sem pensar muito antes. Em "Outono" qualquer situação cotidiana, como derramar um leite no chão, me fazia criar uma cena. Um capítulo foi puxando o outro, experiências que eu vivi se transformaram em experiências da Carol e a história foi fluindo. Para "Inverno" eu já tenho muitas ideias, embora ainda não as tenha escrito.

Durante esse trabalho e durante toda a sua carreira existiu ou existe a influência de algum autor em especial? 

Vários! Não sei se posso dizer influência, acho que quando escrevi sobre a Catherine de "Muito Além do Passado", como era no século XVIII, eu pude escrever um pouco como José de Alencar, que eu amo e não posso me espelhar muito por causa da sua escrita rebuscada e romântica, própria dos anos 1800 (embora minha história se passasse em 1747, eu pude escrever como ele). Para "Outono" eu me espelhei em vários autores consagrados (li todos os livros da Thalita Rebouças, li todos os Harry Potters e toda a série do Rick Riordan para saber como fazer minha escrita chegar até o público adolescente. Mas eu tenho o meu jeito próprio de escrever, algumas pessoas que leram meu primeiro livro me disseram que sentiram como se estivessem "conversando comigo"...

Por ultimo, deixamos aqui esse espaço para você mandar seu recado aos seus leitores e a autores que também estejam buscando seu espaço no mercado editorial: 

Para os meus leitores eu digo que desejo que eles se apaixonem pela Carol e Erick da mesma forma com que eu me apaixonei, porque a história foi escrita com muito carinho, com romance, magia e aventura. Carol não é uma protagonista frágil, ela cresce durante a história, deixando de ser uma jovem tímida e socialmente desajustada para se tornar uma mulher corajosa que nada tem de indefesa. Acho que as mulheres se reconhecem nesse perfil nos dias de hoje.

Para os autores que, como eu, estão buscando seu espaço eu digo que busquem de todas as maneiras, não desistam, corram atrás dos seus sonhos e mostrem a sua obra. Livro foi escrito para ser lido e não para ficar guardado dentro de uma gaveta ou no HD de um computador, então, há que se colocar a obra exposta, porque é uma experiência muito gratificante!


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