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2 PERDIDOS NUMA NOITE SUJA


Roberto Bomtempo é Tonho, um brasileiro que foi tentar a sorte nas terras do Tio Sam. Porém, o que antes eram sonhos de fortuna e triunfo, tornou-se uma vontade desesperadora de voltar ao Brasil, mesmo que seja com uma mão na frente e outra atrás. Um tempo na cadeia, empregos e moradias com condições sub-humanas fizeram com que Tonho perdesse todas as suas esperanças. Junto a essa decadência, Tonho conhece Paco (Débora Falabella), que na verdade se chama Rita, porém, não suporta ser chamada por tal nome, veste-se e age como Paco, uma figura andrógena, vivendo nas ruas de Nova York, sobrevivendo do sexo oral que faz pelos banheiros, carros e outras espeluncas da cidade.


É nesse cenário caótico e deprimente que a vida de Tonho e Paco se cruza. São duas pessoas, dois brasileiros que atingiram o mesmo fundo do posso, vindos de caminhos distintos e tendo, a partir de então reações diferentes sobre a limitada perspectiva de suas vidas.
Essa é a história central de “2 Perdidos Numa Noite Suja”, baseado na peça teatral de Plínio Marcos, o filme permanece firme mesmo contando apenas com os dois personagens que durante os 100 minutos do longa, travam um diálogo ácido e depreciativo que tanto os expele quanto os une.

O roteiro é bem amarrado, não deixa o espectador se dar conta da falta de ação física, a direção é discreta e a atuação da dupla Roberto e Débora, muito convincente, por mais que em certos momentos deixem seus personagens cair numa ligeira caricatura que logo se recupera e segue no restante do filme com integridade.

Ygor MF

Ficha Técnica:
Título Original: Dois Perdidos Numa Noite Suja
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2003
Direção: José Joffily
Roteiro: Paulo Halm, baseado em peça teatral de Plínio Marcos
Fotografia: Nonato Estrela

Elenco:
David Herman
Guy Camilleri
John Gilleece
Richard Velazquez
Theodoris Castellanos
Daniel Porto


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9 comentários:

Isabela disse...

Ja ouvi tantas coisas boas desse filme, e nunca consegui assisti-lo.

Kamila disse...

Eu adoro a Débora Falabella. Ela é uma das boas atrizes brasileiras, mas incrível como ela sempre consegue cair no caricato. Foi o que vimos em "Primo Basílio" e parece que ela repete a mesma coisa neste filme, que eu ainda não vi.

Anônimo disse...

A história parece ser interessante, mas nunca tive oportunidade de vê-lo.

Red Dust disse...

Este já passou cá por Portugal. Sinceramente não gostei. É um filme inconstante.

Abraço.

Marcel Gois disse...

Já conhecia o filme, mas ainda não assisti. Gosto do trabalho da Débora Falabella, acho que foi por esse filme que ela ganhou o prêmio de melhor atriz no Grande Prêmio Cinema Brasil.

Pedro Henrique Gomes disse...

Caramba, nem conhecia o filme. Vou procurar...

Abraço!!!

pseudo-autor disse...

É tudo aquilo que espero de um filme nacional, mesmo sabendo que o público em geral critica produções nacionais rodadas no exterior e diretores que vão filmar em outros países (como Walter Salles e Fernando Meirelles). Assisti recentemente num festival que rolou na caixa cultural. Plínio Marcos é simplesmente extraordinário nessas questões.

Anônimo disse...

Nunca ouvi falar nesse filme. Depois vou procurar, valeu pela dica. ;)

Ciao!

Anônimo disse...

Nunca ouvi falar nesse filme. Depois vou procurar, valeu pela dica. ;)

Ciao!