Godzilla 2014

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A nova versão de Godzilla do diretor Gareth Edwards segue a premissa e influência dos clássicos filmes da década de 50 que mostram “Gojira” em lutas contra outros monstros. Bebendo ainda da influência e do trauma da bomba atômica, seguindo o caminho que deu origem aos seriados japoneses como Ultraman, Jaspion e outros. O Longa de Gareth opta por “justificar” a história muito mais pelo viés Sci-Fi do que por motivos científico como fez Spilberg em sua versão.

No entanto, o que parecia ser um caminho interessante a seguir, esbarra num roteiro mal planejado, que deixa o Monstro como segundo plano em toda a história. Tudo bem com o fato de perceber a trama e o colossal Godzilla aos poucos, contudo, o que seria um suspense, nas mãos de Gareth Edwards se torna uma cansativa e frustrante espera. 

Após um misterioso acidente numa usina no Japão, o engenheiro Joe Brody (Bryan Cranston) perde sua mulher e de agora em diante deverá criar seu filho sozinho. Porém Joe não aceitou as explicações dadas pelas autoridades a respeito daquela catástrofe e permanece angustiado tentando descobrir a verdade. Quinze anos se passam e seu filho Ford Brody ingressou no exército americano enquanto o pai distante, ainda persiste com os fatos de 15 anos atrás. 

Quando Ford recebe uma ligação do Japão dizendo que seu pai fora preso mais uma vez tentando invadir áreas proibidas ao acesso de civis, parte para reencontrar com a história de sua família deixada para trás, e terá um encontro não só com seu passado mas com um fenômeno gigantesco capas de mudar o futuro de toda a civilização mundial.


Criado pela Legendary, realizadora de “300”, “Homem de Aço” “Circulo de Fogo”, “Fúria de Titãs II” entre outros, os efeitos especiais são incríveis (quando resolvem mostrar o bichão), um Godzilla realmente gigantesco que caminha diante de prédios como se esses fossem pequenos obstáculos ao seu redor, bem maior que a versão de Spilberg que acabou prendendo o monstro nos cabos de uma ponte de Nova York. De qualquer forma nem uma característica nem outra atrapalham qualquer um dos longas, nem o elenco que apesar de inocente, não alcança o público com empatia e tão pouco dá espaço para que o verdadeiro protagonista apareça.

A própria direção não interfere na qualidade da “fita”, aliás entrega bons (e raros) momentos de ação, apesar de exagerar na escuridão das cenas, quando finalmente foca o Monstro, o mostra com magnitude que um gigante merece diante de outros reles mortais.

Em tempo, vale dizer que o incomodo em Godzilla não é a falta de ação, mas a sensação de uma propaganda enganosa na qual se promete uma coisa e se mostra outra. Fato igual ocorreu com “Círculo de Fogo” (já citado aqui) e a franquia “Transformers” de Michael Bay, que preferiu em função dum roteiro desacertado, focar humanos e seus exércitos ao invés de incríveis robôs transformados em automóveis. Sendo que são ESSAS incríveis criaturas que arrastam multidões de fãs aos cinemas... 

Por fim, nem tamanha atrapalhada consegue derrotar por completo o longa, pois quando Godzilla está em cena é pura diversão, e diante desses momentos fica bem difícil não se instalar certa empatia entre monstrengo e público. Mas o espectador precisará passar por uma série de diálogos e suspenses desnecessários, que podem cansá-lo e tornar o a experiência bem menos interessante.




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