Poesia - A um Homem Chorando

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Num rápido e secreto estudo físico 

ganho as calçadas, as distâncias entre um poste e outro.
As pessoas são variáveis e a este calculo não competem.
Eis e não por acaso que chora um homem.
Um homem triste... Desesperadamente
Um bêbedo que por uma fresta de juízo se vê desgraçado... 

Absurdamente.

Os braços esboçam abraços,
mas as pernas automáticas,
estúpidas de abraços, seguem.
O corpo mostra-se estupidez,
apenas lágrima,
não grita, não fala,
e a mente rígida em enlouquecer.
frente ao choro de todos nós... 


Incrível como um dia,
todos os nossos feitos,
não movem na história um par de chinelos.

Em contra-partida uma superfície verde,
de homens de bronze que andam estáticos,
uma concavidade denota mais...
assemelha-se mais a um ser de praticável afeição.


Ygor MF


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