Totalmente Inocentes

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Depois da “Estética da Fome” vinda lá atrás com Glauber Rocha e cia. ou o “Glamour da Violência” com os mais recentes “Cidade de Deus” e “Tropa de Elite”, chegou a hora de rir de si mesmo (cinematograficamente falando). Como diria o poeta Drummond: “…por que seremos mais castos que o nosso avô português?…”.


Essa é a proposta de Totalmente Inocentes em cartaz nos cinemas. Dirigido por Rodrigo Bittencourt, com Lucas D´Jesus, Fábio Porchart e Mariana Rios nos personagens principais e Fábio Assunção, Ingrid Guimarães e Kiko Mascarenhas como suporte à produção.

A história gira em torno do amor de Da Fé (Lucas D´Jesus) por Gildinha (Mariana Rios). Entre essa paixão quase platônica está Do Morro, personagem de Fábio Porchart que, bem menos romântico, também está interessado na moça.
Para impressionar a amada, Da Fé acredita que tem que entrar no mundo do crime e parte numa desastrosa e cômica carreira criminosa. Enquanto isso, após ter tomado o DDC entregando a Diaba Loira (Kiko Mascarenhas) para a polícia, Do Morro quer aproveitar a situação e a oportunidade para ser capa da revista Taras e Tiros. Gildinha tenta conseguir uma entrevista com ele para Wanderlei (Fábio Assunção), que por sua vez quer impressionar a chefe (Ingrid Guimarães) e sair de férias.



Assim, motivadas por interesses próprios e pequenos, as ações dos personagens farão com que essas e outras histórias entrem em conflito, ora convergindo, ora se espalhando em outras diversas situações.

Com um público alvo bem definido pelo diretor, muito voltado para os adolescentes e usuários de internet, Totalmente Inocentes cumpre aquilo que propõe: o riso fácil ao adotar caminhos iguais a paródias como “Todo Mundo em Pânico” e “Corra que a Polícia vem ai”. Embora em alguns momentos o riso fácil seja pobre por demais, valem as diversas referências como a animação de Kill Bill ou a rotação da câmera de Cidade de Deus, entre outras.

Originalmente publicado no Cenas de Cinema
Ygor MF


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